30 abril 2009

Dignos da ira de Deus

"Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam" - Isaías 64:6

"Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus" - Romanos 3:23

Pode ser que o que você vai ler a seguir te desagrade. Pode ser que o que vai ler a seguir o leve a me julgar como um louco, fanático, ou um louco fanático. Pode até ser que você passe a me odiar pelo que vai ler mas eu tenho que ser sincero: não tenho absolutamente nenhuma obrigação em te agradar, em ser teu amigo ou até mesmo em acariciar seu ego. Não, não tenho! Eu tenho um compromisso com a Verdade e com o Deus da Verdade. Pode ser, também, que você nem leia o texto inteiro. Mas pelo menos leia o que tenho a te dizer. Ou melhor, eu não, mas Deus através de Sua santa Palavra. Se tiver que irar, não se ire comigo. Se tiver que reclamar, reclame de Deus. Mas a mensagem de Deus é: você não passa de um miserável pecador, digno da ira de Deus! Você e eu não somos nada, não fazemos nada e não temos nada. Absolutamente!

Somo levados a viver numa mentira, uma mentira chamada religião. O que faz você achar que é digno da salvação de Deus? O que faz você achar que merece o perdão de Deus? O que faz você pensar que pode até mesmo manipular o agir de Deus? Não somos nada, eu e você não passamos de alvos da ira de Deus. Até mesmo nossas mais nobre obras são como trapo diante d'Ele. Não há em nós justiça, não há em nós santidade, não há em nós sinceridade. O que temos é pecado, pecado, pecado. Nada mais que isso.

O que te faz achar que só porque um dia fez uma oração declarando Jesus como seu salvador, você está salvo? Não, você não está! O evangelista que te disse isso mentiu para você. Você não está ou não será salvo porque você fez essa oração, ou porque você afundou em um rio ou piscina. Você jamais conseguirá agradar a Deus só por causa disso. Desista, se você pensa assim.

"Somos como o inundo", disse o profeta. Somos como imundos e como imundos não merecemos nada de Deus. Somos depravados, rejeitamos a Deus, preferimos este mundo às coisas do Alto. Não pense você que só pelo fato de ir à igreja todos os domingos você está O agradando. Fomos enganados, somos enganados e gostamos de viver assim, sendo enganados. Preferimos a mentira, vivemos na mentira. Ou você pensa que se batizar nas águas e continuar em pecado não é uma mentira? Ou você acha que a Palavra de Deus é mentira? Deus é Deus, ele não mente, n'Ele não há sequer sombra de variação (Tiago 1:17). Você deve estar pensando neste momento que você é diferente, que isso não acontece com você. Errou novamente, pois a Palavra de Deus é clara: todos somos pecados e estamos destítuidos da Glória de Deus (Romanos 3:23). Se você pensa assim, você é o mais vil dos pecadores.

Ninguém engana a Deus. Você pode gostar de ser enganado e de enganar, mas a Ele você não engana. Só Deus sonda nossos corações, só Ele conhece o mais íntimo do nosso ser e é Ele mesmo que nos vê como criaturas imundas, indignas. Não adianta você dizer que se arrependeu de algo, chorar na presença d'Ele, se lá no fundo do seu coração você tem desejo pelo pecado. Não esconda de Deus, Ele sabe tudo.

Quantas vezes você vai à igreja, se porta como um santo, mas no fundo do seu ser, seu desejo era estar em outro lugar, pecado. Mas não, você é um cristão e só por isso está salvo. Não há problema algum com isso. Só porque você aceitou a Cristo um dia você pode viver assim afinal você já está salvo. Mentira! O evangelho que se tem pregado por aí nos faz pensar assim, nos faz agir assim, mas isso tudo não passa de armação, não passade uma cilada para que você e eu se distancie ainda mais de Deus.

Aquela Cruz era para você! Todo sofrimento que Jesus passou, era para você ter passado. Suportar o que Ele suportou, mesmo que nunca teríamos capacidade alguma de suportar, mas era para nós. Ele sofreu, padeceu para que hojê você diga: "estou salvo, posso pecar". Não, absolutamente não! Todo sofrimento e toda dor que Jesus teve que passar foi pela ira de Deus por mim e por você. Alguém tinha que pagar por nossos pecados, por nossas falhas, por nossas imundícies mas você não teria condições para isso. Ele foi, Ele sofreu. Jesus padeceu, pagou pelos nossos pecados.

Entenda, meu leitor, não é pelo fato de você ter aceitado a Jesus um dia que você vai ser salvo da ira de Deus. Não é porque você vai a igreja que você irá agradar a Deus. Nós fazemos coisas que O desagrada. Nós vivemos assim, preferindo as coisas deste mundo. Damos mais valor e amamos mais as coisas deste mundo do que a Jesus Cristo. Preferimos muito mais nos envolver com os prazeres desta Terra do com Ele. Damos mais atenção à televisão do que à Deus. "Ainda bem que aceitei a Jesus, Ele mora em meu coração". Chega de acreditar e viver na mentira. Chega! Precisamos dar um basta nessa hipocrisia que foi plantada em nós e na qual insistimos em viver.

Deus requer de nós um viver santo, dedicado, exclusivo. É muito para você? É muito para você abominar as coisa que Deus abomina e amar as coisas que Ele ama? É muito para você amar a Deus sobre todas as coisas? Então, meu querido, abandone tudo e continue na mentira. O Evangelho de Jesus não tem para você significado algum, bem como sua morte substitutiva. Nada vale para você, fique com o mundo e seus prazeres e vá para o inferno declarando que Jesus Cristo é senhor de sua vida.

Como podemos continuar a viver desta maneira? Como podemos continuar a desprezas as coisas de Deus e deixar de lado o sacrifício de Jesus? Quando você pensa que Jesus morreu na cruz por mim e por você porque temos algum valor diante de Deus, você está enganado novamente. A Cruz significa para Deus não nosso valor, mas o quanto somos desprezíveis, depravados diante d'Ele. Ele pagou por nós altíssimo valor, mas somos uma mercadoria podre, que não vale nada. Jesus derramou Seu sangue para nos lavar das imundícies e, assim, nos livrar da ira de Deus. Se fossemos tão valiosos, não precisaríamos da Cruz.

Precisamos entender isso, que não somos nada diante d'Ele. Precisamos reconhecer que somos pecadores e que somente pela graça de Deus, manifestada em Jesus Cristo, estamos livres de Sua ira. Precisamos nos esforçar para levar uma vida santa, consagrada, dedicada à Ele, nos afastando dos prazeres deste mundo. Como podemos dizer que amamos a Deus, se amamos este mundo? Como podemos dizer que servimos a Deus, se somos escravos de Mamon? Como podemos ter nossos pecados perdoados se não reconhecemos que somos pecadores?

Desejamos o Céu, mas queremos chegar lá pela porta larga (Mateus 7:14). Não há meio termo, não há múltiplas escolhas. O caminho é apertado, a porta é estreita. Foi Jesus quem nos alertou. Corra, corra enquanto é tempo. Deixe de acreditar e viver em mentiras e se volte para Deus. Ele é exclusivista, Ele é santo, Ele é único. Renda-se à Verdade, renda-se à Cristo. Ele o aguarda, quer sua dedicação, seu tempo, seu coração. Sem hipocrisia, sem mentira, sem reservas. Jesus não mediu esforços para pagar sua dívida, Ele não pensou duas vezes em se colocar no Seu lugar e suportar a ira de Deus. Você está fugindo porquê?

Danilo Miguel

29 abril 2009

Paul Washer - Para ELE



Eu queria ter palavras para comentar este vídeo... Ah! Se tivessemos outros Paul Washer pregando por aí!

Extra! Extra! Super oferta "apostólica"!!!

Adquira agora mesmo a super-hiper-mega-ultra-hype Espada de Davi e mate seus gigantes!
Estou vendendo essa maravilhosa réplica da espada de Davi sob encomenda, com entrega prevista para o início de Junho. O custo é de R$ 500,00 A vista ou 3 cheques de R$ 175,00 (01/06, 01/07 e 01/08). A lâmina não tem corte e vem personalizada "Deus é Fiel" e "Renascer até Morrer".

Para SP e Grande SP encomendar pelo e-mail: [não ia dar essa moleza, né?] e o motoboy vai buscar os cheques e a ficha de cadastro para entrega via sedex.

Para outras localidades ou pagamento parcelado no cartão de crédito a venda será efetuada através do Mercado Livre.

Uma percentagem da venda será revertida para Reconstrução da nova Sede na Lins de Vasconcelos.
Fonte: http://matadordegigantes.blogspot.com/

Tem como vir com umas gotinhas do sangue do Golias para me certificar que é ela mesmo? Não pára por aí, tem muito mais, veja só:

Essa espada é carregada de simbolismo para o povo evangélico, em especial para a Renascer em Cristo devido ao Gigante que se levantou e vem nos afrontando desde o inicio desse ano.


Tenho enfrentado um grande gigante desde 2007 que vem tentando paralisar minha vida profissional e financeira. Descobri essa espada em 2008 na busca de algo que simbolizasse a minha luta e me trouxesse a esperança de vitória, afinal seria muito mais fácil lutar contra a carne...

No Jejum de Davi recebi estratégias para derrotar o meu gigante de uma forma apostólica, mas necessitava ter uma alternativa e aguardar o mover de Deus. Imediatamente lembrei-me dessa espada e soube que essa seria a pedra que derrubaria o "meu" gigante, além de poder colaborar com a reconstrução da nova Sede de uma forma especial.

Gostaria que essa espada simbolizasse não apenas a luta que estamos passando, (afinal cada um de nós tem o "seu" gigante particular) mas representasse também a certeza da vitória avivando a nossa fé!!
Olha, se Jesus não voltar logo, não sei o que mais esse povo inventa!!! Eu até que gostaria de ficar calado, mas não consigo... Vamos à uma rápida análise da situação.
A lâmina não tem corte e vem personalizada "Deus é Fiel" e "Renascer até Morrer"
Uma espada com lâmina sem corte? Hum, sei! Qual a finalidade disso então? "Ah, irmão! É só um simbolismo". Ou seja, é só mais um ídolo para o povo adorar. E essa história de Renascer até morrer? Tudo bem que é uma alusão ao nome da empresa igreja (igreja?) dos bispos que carregam dinheiro santo na Bíblia, mas fica meio estranho e gera uma confusão na mente da gente: renasce e morre, renasce e morre... Tá parecendo doutrina espírita!
O custo é de R$ 500,00 A vista ou 3 cheques de R$ 175,00
Só um minuto, vou pegar a calculadora (tic, tic, tic [calculando]...). 3x175=525. UAU! Tem juros no negócio! Mas peraê, a onda não é rejudaizar e trazer para a Igreja de Cristo as Leis judaicas? Então tem coisa errada aqui. Olha só o que diz a Lei:
"Não tomarás dele juros, nem ganho; mas do teu Deus terás temor, para que teu irmão viva contigo" - Levítico 25:36
Estou falando demais? Prossigamos...
Essa espada é carregada de simbolismo para o povo evangélico - PÁRA TUDO! Dessa vez não aguentei, tenho que interromper!!! Simbolismo para o povo evangélico? Que povo é esse? Eu sou um evangélico, pois creio e vivo no Evangelho de Jesus Cristo e, acredito, todos aqueles que vivem na mesma condição não hão de concordar com tal aberração. Dizer que o pessoal da Renascer - o que ele faz em seguida - adora, cultua ou seja lá o que faz com esta espada é uma coisa, mas generalizar já é demais. Sinceramente, eu repudio uma baboseira como essa!!! - , em especial para a Renascer em Cristo devido ao Gigante que se levantou e vem nos afrontando desde o inicio desse ano.
Que gigante seria esse? A prisão dos inocentes bispos com dinheiro clandestino dos EUA seria esse tal gigante? A queda da estrutura de uma igreja COMPROVADAMENTE sem manutenção, talvez?
Tenho enfrentado um grande gigante desde 2007 que vem tentando paralisar minha vida profissional e financeira.
Pôxa vida! Como eu não pensei nisso antes? Será que eu sou tão incompetente assim? Estou passando por dificuldades financeiras também (levante o mouse quem não está!) e como não tinha pensado nisso: crio uma espada/estilingue/serrote/martelo/pedra, digo que é uma réplica de algo na Bíblia, vendo por um preço absurdo e pronto, problema resolvido! É simples! Numa conta rápida levando em conta a venda de, digamos, 100 espadas a R$ 500,00 tirando os custos de produção (vamos ser bem pessimista e definir este custo como 50% do valor) e temos nada menos que R$ 25.000,00. Isso sem contar os juros, se forem vendidas à prazo. 25 mil resolveria minha dívidas, e ainda sobraria dinheiro para iniciar a construção da minha casa. Ah, se sobraria!
No Jejum de Davi recebi estratégias para derrotar o meu gigante de uma forma apostólica, mas necessitava ter uma alternativa e aguardar o mover de Deus. Imediatamente lembrei-me dessa espada e soube que essa seria a pedra que derrubaria o "meu" gigante, além de poder colaborar com a reconstrução da nova Sede de uma forma especial.
Jejum de Davi? Derrotar gigante de forma apostólica? Não sei, mas acho que estou ficando velho demais para essas coisas...

Um (outro) detalhe interessante. Veja bem, o autor escreve: "necessitava ter uma alternativa e aguardar o mover de Deus". Na sequencia ele afirma que "Imediatamente lembrei-me...". Eu não entendi se ele aguardou o mover de Deus (?) ou se ele agiu com sua sabedoria, inteligência, perspicácia, faro empreendedor. Ficou meio confuso isso aqui, não acha?

Outra coisa que não consigo entender é o que vemos na imagem a seguir. Note:

(clique na imagem para ampliar)

Ao salvar uma das imagens para postar aqui no Sem forma! notei que o nome da figura, lá no site de origem está como "espada_rei_salomao_2.jpg". Fica a dúvida: a espada é de Davi ou de Salomão? Cuidado irmão (irmão?), propaganda enganosa é crime!

Danilo Miguel

28 abril 2009

Sem forma! quer saber: todos os pastores foram levantados por Deus?

Iniciei hoje uma enquete aqui no blog (no canto superior direito do vídeo) para saber a opinião dos leitores quanto à questão do ministério pastoral: todos os pastores foram, de fato, chamados por Deus? Não há um sequer que esteja à frente do ministério por vontade humana, por interesses alheios, porque tem boa oratória, é bem sucedido financeiramente enfim, que não seja por outro motivo que não o chamado de Deus?

A enquete está aí. Se quiser tecer comentários, utilize deste espaço. Ao final, pretendo disponibilizar aqui um texto acerca do assunto.

Em Cristo,

Danilo Miguel

Respostas a Edir Macedo

Cansado de ser atacado de todos os lados, principalmente na blogosfera cristã nos últimos tempos, o bispo (sic) Edir Macedo, da Igreja (sic) Universal do Reino de Deus escreveu um texto contra-atacando seus "adversários". Reproduzo abaixo o texto:

A título de argumento aos amigos e, especialmente, ao povo da Iurd gostaria de fazer algumas colocações interessantes.

Será que os que me acusam de aproveitador, vigarista e ladrão não gostariam de estar em meu lugar???…

Será que eles me acusam porque são honestos, íntegros, verdadeiros e santos?

E se a santidade deles é tão acentuada assim, por que não são tão abençoados por Deus como gostariam? Seria Deus injusto para com eles?

Que Deus é Esse que abençoa um “bandido” e amaldiçoa os certinhos?

Ou será que mesmo na integridade eles não conseguem sucesso porque são incompetentes?

E não seria tamanha incompetência a verdadeira razão da inveja?

Vale o pensamento de Theodore Roosevelt: Não é o crítico que conta: o crédito pertence ao homem que está realmente na arena, cujo rosto está sujo de poeira, suor e sangue; que se esforça corajosamente; que fracassa repetidas vezes, porque não há esforço sem obstáculos, mas que realmente se empenha para realizar as tarefas; que sabe o que é ter grande entusiasmo e grande devoção e que exaure suas forças numa causa digna; que no final descobre o triunfo das grandes realizações e, caso venha a fracassar, ao menos fracassa ousando muito, de forma que seu lugar nunca será junto às almas frias e tímidas que não conhecem nem a vitória nem a derrota.”

Texto extraído do blog do próprio Edir Macedo: http://blog.bispomacedo.com.br/?p=1528

Como não poderia deixar de ser, uma vez que me enquadro no meio daqueles que denunciam suas práticas nada cristãs e sabendo que se tentasse comentar algo em seu blog não seria publicado, vou deixar minhas impressões quanto ao seu texto. Vamos lá...

A título de argumento aos amigos e, especialmente, ao povo da Iurd gostaria de fazer algumas colocações interessantes.
Eu não sei em qual destas classificações uma vez que não sou seu amigo muito menos faço parte do povo da IURD. Será que ele tentou me encaixar no meio dos amigos?
Será que os que me acusam de aproveitador, vigarista e ladrão não gostariam de estar em meu lugar???…
Não, bispo. Jamais gostaria de estar em seu lugar. Nunca o desejei e nunca o desejarei... Prefiro continuar na minha humildade, sem carro importado, sem mansões, sem templos luxuosos, sem jatinhos particulares, sem milhares de homens e mulheres me bajulando e puxando o saco querendo ter algum destaque ao meu lado, sem bispo carregando dinheiro ilegal na cueca. Nada! Não preciso disso. Somente o Evangelho de Jesus Cristo, que diz que devemos amar a Deus sobre todas as coisas, que não devemos tomar a forma deste mundo, que diz que se quisermos ser amigos de Deus temos que ser inimigos do mundo, somente este me basta.

Prefiro morrer pobre, andando de bicicreta e ter a certeza da salvação em Cristo, do que ter todos os bens que este mundo pode proporcionar e ir queimar no inferno. Ah!, a propósito: o senhor acredita no inferno ou será que só pelo fato de acreditar e pregar inúmeros rebatismos, acha que é suficiente para livrar o homem da ira de Deus? Purgatório, talvez, seria isso que o senhor acredita?

Definitivamente: não quero estar em seu lugar de aproveitador, vigarista e ladrão.

Será que eles me acusam porque são honestos, íntegros, verdadeiros e santos?
Não! Não sou honesto, nem íntegro muito menos verdadeiro e santo. Enquanto estiver nesta terra não serei. Pelo menos agora estou sendo honesto e verdadeiro. O Senhor é quem me justifica. Eu sou homem como todos o são, como o senhor o é, cheio de falhas e erros. Mas acredito que o que me diferencia do senhor é o arrependimento. Errei e erro, mas sempre buscando a perfeição em Cristo. E quando erro, procuro logo me corrigir diante de Deus, me aproximando d'Ele com humildade, reconhecendo minha falha, clamando pelo Seu perdão e Sua misericórdia. Eu não vivo no pecado, na mentira, no engano. (I João 2:1)

E se a santidade deles é tão acentuada assim, por que não são tão abençoados por Deus como gostariam? Seria Deus injusto para com eles?
Qual a sua definição para benção? Ou, só pelo fato de eu ser abençoado eu estou sendo aprovado por Deus? Primeiramente seria interessante saber a opinião do bispo (sic) quanto ao que é ser abençoado, para depois prosseguir. Mas como podemos antever uma possível resposta (ser abençoado é ter carros, casas, dinheiro, empresas, etc... Pelo menos é o que se vê pela televisão) posso adiantar que, ter uma vida próspera não é sinal de benção de Deus. Ter uma vida planejada, saber levar as contas em dia, ter visão estratégica e empreendedora, ser dinâmico e eficaz não precisa, necessariamente, contar com a benção de Deus para ter certa prosperidade. Vide a vida de tantos e tantos homens de negócios que não tem o menor vínculo com Deus (alguns até debocham d'Ele) e são milionários, bilionários... Deus tem algum compromisso com estes?

Qual sua definição para santidade? E qual a relação santidade/benção? O fato de eu me esforçar para levar uma vida santificada so Senhor me dá direitos de decretar minha benção? Ou faz de Deus meu servo? Não, bispo (sic), não é essa a teologia que eu (e a grande maioria dos cristãos) aceitamos. Deus é Senhor, não servo.

Que Deus é Esse que abençoa um “bandido” e amaldiçoa os certinhos?
Eu senti um tom de deboche e sarcasmo ou foi impressão minha? Está tentando se justificar pelas "bençãos" que tem recebido, dizendo com isso que é mais santo que os demais? Ora, nobre bispo (sic), vamos para a Palavra - a de Deus, não a sua - e justifique-se por ela.

Ou será que mesmo na integridade eles não conseguem sucesso porque são incompetentes?
Para tudo! Para tudo! Estamos falando de benção divina ou de competência humana? Não disse, lá no início que a pessoa não precisa ser, necessariamente, abençoada por Deus para ser próspera? Pois bem, o senhor está aqui apenas concordando comigo. É necessário competência, quando não se conta com a benção de Deus. Agora, sinceramente, eu prefiro ficar com a segunda. Não que não seja competente o suficiente para galgar meus desejos e planos, mas é que como cristão, principalmente no que concerne à ministério e à Obra de Deus, prefiro contar única e exclusivamente com a provisão divina pois minha competência falha e é insuficiente, mas o poder de Deus e sua misericórdia são inerrantes e duram para sempre. Equívoco de sua parte, nobre bispo (sic).

Para terminar o senhor tem a capacidade de citar o pensamento de um homem qualquer (tudo bem, foi presidente dos EUA, mas e daí?) para atacar seus "atacantes". Onde fica a Palavra de Deus? Por que não usou dela para se justificar? Sua teologia é pautada pelo que Deus disse ou pelo que os homens falam? A situação é mais crítica do que eu pensada e simplesmente corrobora a minha tese de que suas crenças estão baseadas em preceitos humanos, não em Deus.

Misericórdia do Senhor para com sua vida e, principalmente, para com a vida dos que o seguem para que enxerguem a Verdade antes que seja tarde demais. Quanto a mim, continuarei com meu trabalho de desmascarar as mentiras e abusos no meio cristão, mesmo com todas as minhas péssimas qualidades, mesmo sem ter carros, fama ou riquezas deste mundo, mas sempre pautado na Palavra de Deus.

Ah!, só para garantir que ficou bem claro, senhor Edir Macedo: não! Eu não quero estar em seu lugar!

27 abril 2009

A pergunta que não quer calar

Olá! Tudo bem com você? Ando um pouco sumido do blog, eu sei, mas sempre estou aqui. Tenho enfrentando alguns problemas pessoais (orem por mim, por favor!) e por isso estou um pouco afastado. Acredito que em breve terei boas novidades, pois seis que Deus está comigo, no controle, em todos os momentos. Aleluia! Vamos ao que interessa...

Gostaria de contar com a opinião de vocês, leitores deste blog, para que eu resolva uma questão que há dias me tirado o sono. Veja o texto abaixo:
Há esperança para o ferido, como árvore cortado
marcado pela dor,
Ainda que na terra envelheça a raiz;
e no chão
abandonado o seu tronco morreu;

Há esperança pra você;

Ao cheiro das águas brotará,
Como planta nova florescerá.
Seus anos se renovarão,
Não cessará os seus frutos
E viverá.
Reza a lenda que esta é a letra de uma música "evangélica" (evangélica?) cantada amplamente nas igrejas por aí. O que faz dela uma música evangélica? Quais elementos apontam isso? Não seria isso uma música para alguma campanha publicitária de produtos de agricultura? O que a diferencia de músicas como por exemplo "Créu", "Beber, cair e levantar", "Na boquinha da garrafa"?

Ah!, se você ainda não sabe quem são os autores/cantores desta música, te dou uma dica: a band leader deste conjunto é conhecida por manifestações pouco cristãs, como gatinhar como um leão por exemplo.

Culto transformado

O culto a Deus está se transformando em um momento de entretenimento, está proporcionando as ovelhas de Jesus, não a palavra de Deus, mais diversão, muita diversão.
As igrejas estão ficando cada vez mais cheias de espectadores, o mundo está invadindo a igreja e o pior está gostando daquilo que estão lhe oferecendo

E ai segue as opções de entretenimento:

1 - Louvorzão
2 – Sorvetada
3 - Bazar
4 - Grupos de Gestos
5 - Testemunhos de pessoas famosas
6 - Teatros
7 - Feirinha de novos e usados
8 – Grupos de danças
9 – Luzes e muito som alto para levar os incautos ao delírio.
10 - Aproveitar o templo (templo mesmo) vago para esportes.
11 - Show de poderio usando demônios como coadjuvantes.
12 - E grito, muito grito, afinal empurram tudo isso na base do grito.

É lamentável que estejam engavetando a palavra de Deus, estão retirando dos púlpitos o evangelho de poder. O resultado presenciado é funesto. Precisamos urgente de um grande avivamento nesse País,como o do tempo de Esdras e Neemias 8.

As poucas pessoas que estão indo a igreja hoje, mas não estão sendo atraídas pela Palavra de Deus, mas sim por objetos que segundo os supostos pregadores dizem operar milagres.
São as rosas ungidas, caixão de defunto para enterrar os problemas, sal grosso, fitinha da sorte, galho de arruda, moeda abençoada, lenço ungido, óleo ungido e santo de Israel, sabonete do descarrego. É uma geração má e perversa que pede sempre um sinal.

Outros estão atrás de falsas profecias, falsas revelações, falso fogo, falsos adoradores, línguas (realmente) estranhas. Nesses lugares não se faz nem mesmo necessário levar a bíblia, como você vai adorar segurando uma Bíblia? A Bíblia já está há muito tempo em desuso.


Pedro na sua segunda epistola disse: “E muitos seguirão as suas práticas libertinas, e, por causa deles será infamado o caminho da verdade; Também movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras fictícias;” 2Pe 2:3-4. Hoje em dia estão fazendo comércio com a fé do povo, induzem o povo a crer em práticas libertinas, esses homens estão infamando o caminho da verdade, movidos por avareza, amor ao dinheiro, faz comércio com a palavra do Senhor, o dinheiro é sua força motriz.

Mas eu creio que Deus já está levantando homens, pastores ungidos pelo Espírito Santo.
As igrejas não estão precisando de manipuladores do povo e muito menos de homens com sabedoria terrena. Mas de homens que manejam bem A PALAVRA DA VERDADE, homens segundo o coração de Deus, que cuide do rebanho do Senhor, que se afadigam na Palavra, que alimentem as ovelhas com alimento sólido, uma boa palavra, homens comprometidos com Deus e Sua Palavra. Infelizmente, mestres da Palavra é uma espécie em extinção, o que vale mesmo é um bonitão ou bonitona cantando com voz aveludada, ou no mínimo um bom forrozeiro, aí que a “coisa pega fogo”, fogo? Xiiiii, "filhinhos, essas coisas vos escrevo para que não pequeis.."
Em que mesmo o culto está se transformando???????
Imaginação dos transformadores é que não falta.

Fonte: Bereiano

25 abril 2009

Fora da igreja há salvação?

Por Lourenço Stelio Rega

Esta frase foi dita por Cipriano de Cartago no terceiro século de nossa era e acabou se tornando dogma na Igreja Católica Romana, mas creio que tem sido adotada por muitas igrejas e denominações evangélicas. Neste caso, o sentido da frase até pode ser ampliado para “Fora da igreja não há Cristianismo!” implicando, entre outras coisas, em que Cristianismo e igreja sejam a mesma coisa.

Em primeiro lugar é preciso deixar claro que a existência da igreja não pode ser colocada em dúvida, mas isso não significa que ela deva ser um fim em si mesma e, creio, que é isso que tem acontecido em alguns casos. Pois quando entendemos que textos como “buscai em primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça (Mt.6:33) são interpretados como “buscar em primeiro lugar as atividades e ocupações na igreja” estamos reduzindo o reino de Deus e o Cristianismo às atividades eclesiásticas em vez de considerarmos a igreja como um meio que Deus instituiu para ser um ambiente fértil para o desenvolvimento da vida cristã, da piedade, da capacitação do crente para ser cristão no mundo e desenvolver os seus dons de serviço. Também um meio para ser uma comunidade terapêutica, de capacitação na compreensão da vida, das doutrinas, da Bíblia, uma comunidade – a família de Deus, etc.

Transformamos a igreja num fim em si mesma quando entendemos que a vida cristã se resume em atividades e mais atividades freneticamente desenvolvidas no domingo, que deveria ser um dia de celebração, descanso e passa a ser “dia do cansaço” e da agitação, como se o Cristianismo de sete dias pudesse ser vivido apenas em um dia. Mesmo porque igreja passou a ser um lugar, um estatuto, um organograma, em vez de pessoas pelas quais Cristo morreu na cruz. Sem dúvida o estatuto, o organograma são necessários, mas também são meios e não fins.

A igreja de Jesus Cristo é um meio, um instrumento para levar o evangelho ao mundo, para capacitar os salvos à vida em comunhão e lealdade ao Senhor. A igreja não pode ser confundida com o reino de Deus, mas deve ser considerada um instrumento de Deus para seu reino, dando ao crente condições para viver o reino no mundo, no seu dia-a-dia, como cristão. E ser cristão não é só pregar que Cristo salva, mas viver a salvação que Cristo nos dá.

Quando a igreja se considera um fim em si mesma acaba nutrindo a entropia, fechando-se em torno de sua própria existência. Não sendo sinérgica, deixa de cumprir a sua missão integral que tem como ponto de partida levar cada pessoa a viver para a glória de Deus.

***
Fonte: Crer e Pensar [Via: Púlpito Cristão]

24 abril 2009

E agora, Rui Raiol?

O cidadão tem a cara de pau de num programa de rádio abrir a boca e soltar uma profetada dizendo que Samuel Camara ganharia a eleição, chegou inclusive a noticiar em seu site a vitória de seu candidato antes mesmo das eleições (pouco pretensioso ele!) e até mesmo a enviar email tentando justificar a profecia, falando de suas "virtudes" querendo assim validar a mesma. E agora? Deus falhou???



Não! Deus não falha e nunca falhará! O homem, mentiroso, pecador, faccioso, tendensioso, partidarista, este sim, erra. Entretanto nobre é aquele que reconhece seu erro, se arrepende e volta atrás. Mas será que o tal do Raiol vai ter pelo menos a humildade de fazer isso? Ou será que, se fizer, não o fará pensando em se redimir com o pr. José Wellington?

Sinceramente eu acho que o tempo do pr. José Wellington acabou. O homem já tem tantas responsabilidades que está na hora de deixar algumas de lado. Particularmente eu fiquei um pouco receoso com suas atitudes depois de um caso aqui em minha cidade, que inclusive chegou a dar polícia e processos na Justiça, envolvendo além do nome do Belém o nome da A.D. como um todo, e ele simplesmente cruzou os braços, não tomou atitude alguma. Fiquei muito decepcionado com sua gestão após isso. Mas entre José Wellington e Samuel Camara, com seus profetas pagos, vida longa à José Wellington.

Assim, fica a pergunta que não quer calar: "E agora, Rui Raiol?"

22 abril 2009

Sensacionalismo cristão: a igreja em decadência

Observe bem o cartaz abaixo:

Agora me diga: isso é apostasia, sensacionalismo cristão, tentar a Deus ou “marketing cristão”? O que se espera com um cartaz deste: promover Deus, o homem ou os milagres? (João 3:30). Qual o resultado de uma reunião (pois nem pode ter o nome de culto, uma vez que as pessoas que lá vão, estão interessadas no “produto” anunciado, não no Criador) como esta? O grande objetivo de Jesus ao entregar sua vida na cruz do Calvário é atingido?

Eu creio que Deus pode fazer tais coisas e mais. Eu mesmo sou testemunha disto uma vez que já fui curado pelo Senhor e, inclusive, já fui usado por Deus para operar milagres, curas e maravilhas. Me recordo que o primeiro milagre de cura, dentre tantos outros, que Deus operou através de minha vida foi a de um senhor que portava o vírus da AIDS. Foi liberto, curado e eu fui apenas um instrumento nas mãos de Deus, portanto jamais me vejo no direito de usar isso ou os tantos outros acontecimentos para me “promover”.

A ordem é clara: “Ide e pregai o evangelho por todo o mundo” (Marcos 16:15). Em momento algum o Senhor Jesus ordenou a seus discípulos a fazerem exibicionismos com o que lhes fora concedido (o poder para operar milagres e maravilhas) ao contrário, diz-nos a Bíblia que jamais devemos tentar a Deus (Mateus 4:7). O que pretendem, então, estes homens? Encher igrejas e fazer shows de exibicionismo? E as pessoas que la estiverem, o que ganham com isso? Uma cura, um milagre? E a salvação em Cristo, onde fica? É revoltante. Cada vez mais eu ouço Deus dizendo à igreja:

“Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.” Apocalipse 3:16

Que o Senhor misericórdia de nós! Em Cristo,

Danilo Miguel

Modismos evangélicos

Temos vividos dias de apostasia total. Isso é público e notório, basta olhar ao seu redor para encontrar cada vez mais pessoas se afastando de Deus, criando “doutrinas” e ensinamentos falsos, pessoas se auto-proclamando profetas, mensageiros do Senhor, com visões deturpadas. Há aqueles, inclusive, que dizem ter sido arrebatados em espírito e ido ao céu (ou ao inferno) e lá terem experiências ou ouvido a voz de Deus para se fazer algo, entretanto, tudo - na maioria das vezes - completamente fora do contexto bíblico. Com isso se criam os modismos cristãos, ou evangélicos.

É visão disso, coisa daquilo, avivamento-não-sei-de-que, sapato de fogo, e mais um monte de traquitanas que se inventam por ai. Um dos últimos modismos criados, ou pelo menos um dos últimos que mais gerou polêmica, é o chamado movimento G12. Falou-se isso e mais aquilo, que este seria o último mover na terra antes da volta do Senhor Jesus, que iria abalar as estruturas da Igreja e mais um monte. Eu estive em um ministério que abraçou o G12 com unhas e dentes, logo em seu “início” no Brasil, participei, inclusive, de uma palestra por mais de 6 horas seguidas, ministradas por um dos percursores do movimento aqui no Brasil.

Estive arrolado entre os 12 do meu então pastor, estava começando a formar meu grupo de 12, tive uma ou duas células. Mas hoje, ao observar toda aquela movimentação, discussões, polêmica e até divisões causadas pelos que apoiavam e os que não apoiavam, vejo que não passou de mais um modismo religioso. Não se fala mais em G12, células e afins. Ou se se fala, meio que fora dos holofotes. Diante de toda essa situação, quantos foram aqueles alcançados pela verdadeira Mensagem do Senhor? Quantos hoje, depois de tanto barulho, estão firmes com o Senhor?

Este foi apenas um exemplo que citei, mas existem outros tantos e, infelizmente, ainda nascerão outros mais. Entretanto, ao observar a Bíblia Sagrada vejo que tudo é tão simples. Nada de firulas, de coisas absurdas ou modas que aparecem e somem de uma hora para a outra.

Disse Jesus:

“E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” - Marcos 16:15-16

Pronto! Sem mistérios, sem frescuras, sem babozeiras. O Evangelhos, as Boas Novas do Senhor devem ser pregadas, nada mais que isso. O que acontece muito hoje em dia é uma competição entre igrejas, entre os líderes para ver quem tem mais, qual templo é maior dentre outras, isso sem contar com a grande preocupação com a igreja cheia (igreja cheia = grandes ofertas + dízimos altos). O foco principal tem fugido, a visão está deformada.

Há também os “astros de Cristo”, aqueles que querem aparecer mais que o Senhor. Sei da importância do tele-evangelismo, ou seja, se pregar a Palavra através da televisão, ou que seja pelo rádio, internet, ou qualquer outro meio. Isso é fundamental! Mas que se pregue a Mensagem genuína e verdadeira, deixada pelo Senhor. Mas o que vemos hoje é cada vez mais pastores dando as caras na TV mas por exibição do que por amor. Seria este um outro “modismo”?

Não existe mais aodração verdadeira e genuína por parte destes "astros". O que importa é somente se autopromover, ganhar dinheiro, viajar... Deus tem se agradado disso? No tocante à música dentro da igreja temos vivido dias semelhantes ao mundo: músicas repetitivas e letras sem sentido algum. E a tal da "dança profética"? Sem comentários...

Graças a Deus que ainda resta um povo que preza pela Palavra de Deus. E que ainda que seja em número pequeno, o Senhor pode levantar este povo com poder, nestes últimos dias, para levar a mensagem de arrependimento aos quatro cantos desta terra, preparando a Igreja para a volta de Jesus. Um Evangelho sem misturas, é disso que precisamos.

Que o Senhor tenha misericórdia de nossas vidas e nos abençoe segundo sua infinita bondade e graça!

A banalização da liberdade em Cristo

“Para a liberdade foi que Cristo nos libertou” (Gl. 5: 1)

É desta forma que Paulo inicia o capítulo cinco de sua carta aos Gálatas. Durante toda esta carta, o apóstolo reprova a atitude dos cristãos da Galácia, que agora, estavam se deixando envolver novamente pela observância das leis mosaicas. Paulo dentro do contexto deste escrito estava querendo dizer assim: “Vocês foram chamados por Cristo para viverem libertos da lei mosaica!”. Ou seja, Cristo nos libertou da lei e de sua maldição (Gl. 3: 13).

Dentro de todo o contexto neo-testamentário, veremos que a liberdade que Cristo nos outorgou no calvário, está muito além da lei mosaica. Vemos que Cristo nos libertou da segunda morte (Jo. 5: 25; 6: 51; 11: 25,26); libertou-nos de nossas próprias pretensões, para vivermos a Sua vontade (Gl. 5: 16 e 25; Rm. 8: 14); libertou-nos de nosso egocentrismo (Mt. 16: 24); libertou-nos de nossa antiga maneira de viver (I Pd. 2; 1; Tt. 3: 1-7). Cristo também nos libertou da culpa de nossos pecados e deste mundo perverso (Gl. 1: 4).

Boa parte dos cristãos ainda não assimilaram esta liberdade, com isto, muitos têm atribuído uma liberdade terrena, social, e humana, a liberdade divina de Cristo. Uma massa de evangélicos cristãos tem atribuído a sua ida às praias no fim de semana a liberdade de Cristo. Outra parcela tem considerado que o consumo de álcool moderado também faz parte da liberdade de Cristo. Esta liberdade tem sido aceita e entendida de uma maneira totalmente contrária as Escrituras. Ora, Cristo não morreu na cruz para que eu tivesse a liberdade de ir à praia. Eu vou à praia se eu quiser, com Cristo ou sem Cristo. Jesus não se entregou no calvário para que eu pudesse beber uma lata de cerveja tranquilamente, pois eu bebo com Cristo ou sem Cristo. O apóstolo Paulo comentou acerca desta liberdade cotidiana escrevendo: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas convêm” (I Co. 6: 12). A liberdade de Cristo tem sido banalizada, vulgarizada, e diminuída em sua essência. Não devemos nos esconder atrás desta liberdade para justificar as nossas atitudes, pois muita das vezes a nossa conduta não possui qualquer ligação com a liberdade que emana da cruz do calvário por Cristo Jesus.

Talvez seja por isto que temos visto um crescimento abusivo de outros evangelhos, como é o caso do evangelho da prosperidade. Muitos têm atribuído todo tipo de atitude a liberdade de Cristo. Por parte dos cantores, vemos os metaleiros, funkeiros, e pagodeiros de Cristo, e adivinhe; ser metaleiro, funkeiro, e pagodeiro, faz parte do pacote da tal “liberdade” para muitos.

Devemos ter muito cuidado quando atribuirmos as nossas atitudes e condutas a liberdade de Cristo. Talvez, nem seja uma liberdade que alguns possam estar experimentando, mas sim, um desencargo da consciência (Não há nada melhor do que não se sentir culpado) com uma pitada de libertinagem.

Faço uso das palavras do pastor John Piper em uma de suas ministrações: “Eu temo que seja destas coisas, que nossas igrejas estejam cheias”¹

Autor: Vitor Hugo da Silva
Fonte: Bereianos

¹Veja o vídeo intitulado Evangelicalismo no link: http://www.youtube.com/watch?v=b_7AsRg1T1Q

A Igreja verdadeira

Vez por outra nos pegamos analisando ou até mesmo discutindo sobre qual a verdadeira Igreja de Jesus Cristo. Uns chegam até mesmo a levantar teorias absurdas, usando de documentos forjados ou criados segundo sua própria vontade para se proclamar verdadeira, santa e única. De fato esta é uma discussão que leva, em alguns casos extremos, a absurdos inimáginaveis para uma pessoa que se diz cristão. Exageros a parte, gostaria de deixar aqui minha opinião sobre o assunto.

Pra iniciarmos, quero esclarecer que segundo a Palavra de Deus, Jesus Cristo jamais fundou uma religião, uma denominação ou igreja. O Senhor estabeleceu sobra a Terra Sua Igreja, que é formada por aqueles que O aceitam e buscam um viver santo e consagrado a Deus, os lavados e remidos no Sangue do Cordeiro. Jamais, em hipótese alguma, o Senhor disse: “Crio eu agora a igreja assembleia/católica/batista/quadrangular, etc, etc, etc…”. Está na Bíblia, ou melhor, não está na Bíblia nada parecido com isso, procure em toda Ela e verá que estou falando a verdade.

Alguns, na tentativa de deturpar a conversa do Senhor com Pedro e colocar ali o fundamento de sua religião (ou igreja) colocam palavras e/ou verdades que não existem. Quando o Senhor disse a Pedro: “…tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja…” (Mateus 16:18) temos pelo menos duas verdades: o Senhor jamais elegeu Pedro a papa ou qualquer outro “cargo”, além de o comissionar a levar a Mensagem até os confins da Terra (Marcos 16:15 - que a propósito, tal ordem fora dada a todos os demais discípulos e se extende até os dias de hoje) e, também, esta “pedra” - ou rocha, vai depender da tradução, a que o Senhor Jesus se referiu nada mais é que a afirmativa de Pedro dita anteriormente ao ser indagado pelo próprio Senhor sobre qual era sua opinião a respeito dEle (”…Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo.” - Mateus 16:16). Ou seja, a partir desta verdade que a Igreja foi edificada. Desde então o evangelho de Jesus, que salva, cura e liberta tem sido apregoado nos quatro cantos deste Planeta.

Antes de prosseguirmos gostaria de deixar registrado também minha opinião sobre a religião. Ao meu ver a religião é a maior de todas as maldições sobre a vida de um homem. Quando uma pessoa se torna religiosa, ou seja, passa a cumprir com as “obrigações” que lhe são impostas por aquilo que ela acredita ser a religião verdadeira, são criados verdadeiros lunáticos, pessoas completamente fora da realidade (vide os tão falados “homens-bomba” defendendo aquilo que eles acreditam ser a verdade). A religião nada mais é do que uma desculpa esfarrapada do homem para tentar suprir um desejo em si mesmo de ter contato com Deus. Entretanto, como o seguir à Deus requer renúncia, santidade e compromisso fica mais conveniente criar-se uma religião de faz de conta que seguimos a Deus e a seguir. Evidentemente que cada um defende a sua, afinal é ensinado à isso. Mas não são todos os casos que acreditamos ser verdade, o ser de fato.

Retornando ao ponto de origem, penso eu que como precisamos de uma igreja, ou seja, um local onde nos reunir para cultuar a Deus dentre outras coisas, é bom que estejamos naquela que, mesmo com todas as falhas, pelo menos tem como objetivo agradar a Deus, vivendo de acordo com Sua Palavra. Ou seja, como eu posso, por exemplo, afirmar que minha igreja é a verdadeira se ela me ensina a ser idólatra? Ou de que adianta proclamar minha igreja como a única se ela viveu um período escondendo as Escrituras de seus fiéis? Poderia citar aqui inúmeros itens que podem nos dar alguma luz quanto ao seguir ou não a Palavra de Deus. Evidentemente que em lugar nenhum se pratica aquilo que o Senhor nos ensinou da forma como o deveria, infelizmente. Entretanto, volto a afirmar, mesmo entre erros e acertos, existem lugares onde se pratica mais ou menos as ordenanças de Jesus.

Afirmo sempre que a verdadeira Igreja de Jesus Cristo, é aquela formada pelos lavados e remidos em Seu sangue, que buscam santidade ao Senhor independente de regras ou doutrinas humanas, mas sempre têm o foco voltado para o Alto. Digo sempre, também, que acredito que teremos grandes surpresas quando da volta de Jesus para nos buscar, pois acredito que muitos dos que pensam que irão se encontrar com o Senhor nas alturas e viver para sempre com Ele, ficarão, e muitos daqueles que estes mesmo apontam como perdidos, serão salvos. Repito: não somos juizes. Ninguém o é, somente Deus e cabe somente a Ele julgar aqueles que herdarão Seu reino.

Portanto a nós resta somente buscarmos uma vida de comunhão com Deus, de renúncia e repúdio aquilo que o mundo nos oferece (1 João 2:15; Tiago 4:4), em santidade (1 Tessalonicenses 3:13) e temor diante de Deus. Buscarmos sempre observar aquilo que está na Palavra de Deus, a Bíblia Sagrada, confrontando com aquilo que nos é ensinado para ver se de fato está de acordo ou não com o que Jesus nos deixou. Orando sempre, buscando em Deus direção e orientação para nossa caminhada em meio a esse mundo de pecado onde o diabo tem dominado (1 João 5:19), buscando comunhão com os irmãos e acima de tudo, santidade ao Senhor. Assim eu e você estaremos formando a verdadeira Igreja de Jesus Cristo, independente de placa, doutrina ou religião.

Que o amor do Pai transborde em nossas vidas!

21 abril 2009

Marco Feliciano: testemunha da criação

Dia destes, me presentearam com um vídeo do Marco Feliciano. Eu sempre falo: para o mundo somos todos farinha do mesmo saco! A moça em questão achou que me agradava. Segurei o pacote como quem segurava uma bomba, sorriso amarelo diante do embaraço de ofender a amiga que só queria ser amável. Pois sabe que no fim agradou!

Certa tarde de sábado chuvoso, a SKY sai do ar. Olho para o aparador e vejo aquela capa medonha do DVD “Destronando Satanás”, sapeco o troço no aparelho e já começo a tremer. Feliciano vai desfiando em tornado de fúria e gritos apavorados todos os nomes já dados na Bíblia ao bicho rabudo. Indica que revelará as orientações dadas por Deus a ele sobre como apear satanás de seu trono e adianta que irá fazer a correlação entre os tais nomes e as entidades da macumba nacional.

O telefone toca. Demora. Volto para sala e a procissão de demônios já tinha passado. Qualquer dia, prometo, boto o vídeo novamente e conto pra vocês o que se passou com o capeta quando Feliciano e mais 5.000 pessoas o pisotearam no calor infernal de um dia quente no Balneário Camboriú em Santa Catarina.

Por hoje, fico com a revelação bombástica que presenciei a seguir. E, a título de vaidoso preâmbulo informo a vocês que fui aluno de Douglas F. Kelly no Reformed Theological Seminary Virtual Campus, um camarada defensor ferrenho do criacionismo. Exegeta de nível mundial. Especialista – fundamentalista, dizem uns – no livro de Gênesis. Contudo, ainda inconcluso, na minha ignorância, vi que realmente estava diante de uma oportunidade impar de aprender algo direto da fonte, pois Feliciano ameaçou (e cumpriu!) que iria revelar o que Deus lhe informou acerca de certas partes cinzentas do livro de Gêneses e, eu estava bem ali para escutar em primeiríssima mão!

Fui à cozinha buscar uma Coca-Cola Light, que vai bem com tudo, e quando voltei, lá estava ele: ampliado pelo formigueiro humano que enchia um enorme ginásio orando aos berros e em transe para depois “profetizar” como a relação tempo e espaço e o relógio de Deus se adiantava e atrasava os milhões de anos necessários à coerência entre a ciência e a Torah (ele confessa a incoerência, me deixa em paz que eu não tenho nada com o peixe!) e ainda conta, então, a história da queda de satanás, explica a questão dos dinossauros, disserta sobre química orgânica e inorgânica e a formação do barro da vida. Fala sobre DNA, “fosfiro carbônico”, do espirito sobre as águas e o fogo das estrelas e ainda mostra como tudo isto se encaixa na teoria da relatividade de "Ensten" (pula esta que já me basta tratar do assassinato do texto Sagrado, cada um por si!).

Meus leitores amados, já aviso logo, não me deixem comentário pedindo explicação sobre estas teorias que eu não tenho competência pra isto. Recorram ao autor. Eu só sei que entre uma unção e outra de seu paletó – Sim! O paletó dele também tem poder, o Benny Hinn não é o único biscoito do pacote! Marco Feliciano vai revelando toda uma nova visão da criação. Entre criacionismo, arquitetura inteligente, teoria do big bang, darwinismo e mais. Feliciano se supera e coloca um ponto final na polêmica ao apresentar sua versão Henê Marú do Bereshit. Sim, Henê Marú. E antes que se levantem as vozes da razão, digo que não há preconceito capilar na minha afirmação, apenas concedo ao querido profeta Feliciano a mesma dúvida que recaiu sobre Tião Macalé em certo programa de humor anos passados: Tô achando que tanto pente quente na cabeça está queimando meus miolos!

Autor: Danilo Fernandes
Fonte: Genizah Virtual

O que significa ser blogueiro cristão

AUTOR: CRISTIANO SANTANA

Devemos dar graças a Deus por Ele estar levantando um exército de blogueiros, unidos no propósito comum de proclamar o retorno ao Evangelho, em toda a sua pura essencialidade.

Faz-se necessário, porém, que os chamados para esse importante ministério venham a refletir, profundamente, sobre o significado e a importância de ser blogueiro cristão.

O blogueiro cristão tem como principal meta o progresso do santos. Seus artigos têm como como fonte de inspiração um sentimento contínuo de preocupação quanto aos rumos da Igreja. Experimenta uma lacerante aflição quando percebe que as ovelhas do Senhor estão sendo exploradas e maltratadas por pastores destituídos de coração, amantes de si mesmos e das riquezas. Levanta-se assim, como profeta do Senhor, ciente de que os conceitos que elabora têm origem divina, opondo-se poderosamente contra as forças das trevas e contra seus súditos que transformam a mentira em verdade, as trevas em luz. Foge totalmente à sua missão aquele que utiliza todas as funcionalidades de um blog para desabafar suas mágoas, para expressar seu ódio, para emitir denúncias sem fundamento, mediante palavras que, ao invés de edificação, trazem destruição.

O blogueiro cristão não se preocupa em demonstrar que é um radical; ele não quer ser conhecido como alguém que foi admitido no clube dos xiitas. Esse atalaia do Senhor é conhecido por viver, antes de tudo, um radicalismo cristão interior, que faz fervilhar as mais profundas estruturas do seu ser. Antes de tentar mudar o mundo ao seu redor, o verdadeiro radical primeiramente incita uma revolução dentro de si mesmo. Ele toma consciência de suas paixões, dos seus vícios, dos sentimentos perversos que militam contra Deus e, em seguida, inicia uma guerra espiritual com o fim de dominá-los - uma guerra contra si mesmo - para, ao final, declarar que o trono do seu coração passou a ser ocupado pelo Senhor Jesus Cristo. Somente esses tipos de cristãos são capazes de irradiar o verdadeiro radicalismo, que só pode ser propagado depois de ter sido experimentado no cerne da alma.

O blogueiro cristão não tem como meta a fama, até mesmo porque sabe que as poderosas estruturas eclesiásticas não reconhecerão o seu valor, pois é contra elas que ele emite os juízos do Senhor. A glória terrena foi negada aos sete mil que não dobraram os joelhos a Baal. Mas por que o blogueiro cristão escreve? Simplesmente porque não consegue omitir-se. As palavras do Senhor são como fogo ardente em seu coração, como fogo encerrado em seus ossos. Ele tem de declará-las, porquanto diz: "ai de mim se ficar calado!".

O blogueiro cristão também é conhecido por fomentar uma ampla rede social, uma parceria com aqueles embuídos do mesmo propósito. Ele sabe que a sinergia oriunda da união de todos os blogueiros é muito mais poderosa do que a ação isolada. Dessa forma, reconhece como seus parceiros, tanto o blogueiro antigo como o novo, tanto o profundamente culto como aquele limitado intelectualmente, tanto o mais experimentado como o que inicia os primeiros passos na fé. Recebe com alegria todos os soldados empenhados na luta em prol do resgate do verdadeiro Evangelho; mostra-lhes como está o andamento da guerra e ensina-lhes todos os segredos para minar as forças das trevas. Os blogueiros cristãos formam mais do que um exército; eles são uma família.

Provalmente não esgotamos todo o significado de ser blogueiro cristão, mas os conceitos acima apresentados já são utéis para formar um quadro básico das características que lhes são inerentes.

Se, após lê-las, você se sentiu atraído, vocacionado para esse importante ministério, então junte-se a nós nessa luta. Seja um blogueiro cristão.

Fonte: Uma visão do Mundo

20 abril 2009

Valdemiro Santiago: angú com taioba

Ontem de madrugada, depois de assistir pela milésima vez o filme velozes e furiosos - única coisa decente que consegui encontrar na TV - sintonizei meu televisor na Band para assistir o telepastor e o teleapóstolo. Infelizmente o programa do telepastor tinha acabado, e eu tive que me contentar em assistir apenas o programa do Valdemiro Santiago. Uma pena, pois quem me conhece sabe que eu sou fã número um do Silas Malafaia (risos).

O programa definitivamente não estava dos piores. O apóstolo leu um texto do evangelho de João, e falou acerca da morada celestial. Fiquei bége, azul e laranja ao ver, pela primeira vez, o apóstolo pregar uma mensagem supostamente evangelística na TV. Porém, como já é praxe dele e do telepastor que o precede na emissora, em determinado momento ele “brecou” a pregação e começou a mandar uns bons esculachos para o deputado sei lá das quantas (quem supostamente o estaria perseguindo), contou de quando colocaram uma bomba no seu carro e da vez que ele tomou uns tiros (não me pergunte o motivo, porque ele não revelou. Inevitavelmente, pensei no pior), e assim ele conseguiu estragar o que seria a primeira mensagem evangelística transmitida em seu programa. Quando enfim voltou a pregar (pregar?), já estava mais perdido que Adão no Dia das Mães, e descambou a falar heresias, entre as quais o patripassionismo – afirmando que Deus o pai estava literalmente presente em Jesus, sendo Jesus o pai no sentido literal. Caso isso fosse verdade, Jesus seria um tipo esquizofrênico, para não dizer um doido varrido, pois passava um tempão conversando com o Pai, quando o Pai na verdade era ele mesmo!

Contudo, o que mais me chamou a atenção foi o modo como ele se referiu aos perseguidores do seu ministério. Por perseguidores, entenda-se: todo aquele que discorda das suas excentricidades, entre as quais a de incentivar a distribuição de lençinhos ugidos na sua sudorese, o que além de anti-bíblico, é anti-higiênico também. Nesse caso, pode-se dizer que, segundo os padrões do sr. Valdemiro Santiago, eu sou seu persegudor também. Nuss... que medo! Bom, deixa eu relatar a vocês o modo como o sacrossanto apóstolo da sudorese ungida se referiu àqueles que não estão com ele em suas heresias, e obviamente, aos bispos da IURD também, que não vão nem um pouco com a sua fachada. Aliás, é bem lógico! O cara enche a igreja dele com ex-membros da IURD, tirando a fonte de renda de centenas de bispos, causando um prejuizo de milhões em “plebenda” [1], e ainda quer elogio? Te enrolei e não falei denovo, né? Foi mal, agora eu falo:

O apóstolo Valdemiro Santiago, em programa transmitido não só em rede nacional, como também reproduzido em vários países (eu assisti aqui no Peru, por exemplo), fazendo referência a uma revelação que teria recebido do próprio Jesus, se dirigiu aos seus perseguidores nestes termos:

“Jesus falou pra mim ansin: Valdemiro; avisa pus comedô de angú cum taióba, que tu só vai quando eu quisé” – reprodução totalmente literal.

Bacana! rs... Obrigado por avisar, Valdemiro!

Agora eu fico aqui pensando o seguinte: que tipo de Jesus é esse que alêm de falar caipirês, manifesta sua indignação para com os perseguidores do seu “apóstolo ungido”, chamando-os de “COMEDORES DE ANGÚ COM TAIOBÁ”? Pôxa... Eu estava preparado para ver o sr. vociferar contra os seus críticos, dizendo que o Senhor iria derramar sete taças de ira sobre eles, ou até mesmo que Ele “pesaria a mão” (usando um jargão mais penteca) mas, chamar o pessoal de “comedô de angú cum taióba” (reprodução literal), desculpa a franqueza, mas foi muito engraçado! Tristemente cômico!

Diante de tal profecia, eu me pergunto: “Que classe de Deus é esse que discrimina as pessoas pelo que elas comem?”. Acaso comer angú com taióba é uma ofensa? É pecado? Sou carioca de nascimento, mas me criei no sul de Minas Gerais - terra que aprendi a amar - e na minha infância eu comi muito angú com taioba, viu! E mais: com feijão preto, arroz e ovo frito em cima é uma delícia! Jamais pensei que Deus tivesse esse tipo de preconceito, ao ponto de discriminar as famílias de baixa renda, tomando em conta a sua dieta alimentícia. E nunca imaginei também que o sr. Valdemiro Santiago, o homem da multidão, herói dos pobres e endividados, tivesse algum preconceito por angú e taióba!

Depois de tudo o que ouvi e vi, posso tirar pelo menos três conclusões:

1. O sr. Valdemiro Santiago, haja vista o repentino sucesso que alcançou à frente da Igreja Mundial do Poder de Deus, definitivamente esqueceu das suas origens. Ele, que para atrair as camadas mais pobres, faz-se passar por um humilde homem do campo, que já trabalhou horas no cabo da enxada, é um embuste. Pode que algum dia ele tenha realmente sido esse homem que propagandiza, mas hoje em dia, com um patamar de vida muito mais alto, Valdemiro despreza a dieta dos mais simples, e em seu mundo de caviar e lagostas já não há espaço para o bom, barato e popular angú com taioba. Aquilo que mui provavelmente foi a base de sua alimentação durante grande parte da sua vida, hoje é desprezado por ele, e tal dieta é considerada – por assim dizer – um insulto.

2. Mesmo reconhecendo em Jesus um Deus transcultural, que trocou a cultura celestial para viver a cultura humana e judaica, a fim de comunicar com eficácia a sua mensagem, não há absolutamente nada, nem na Bíblia e nem nas ciências sociais, que me faça crer que Ele, para comunicar uma mensagem a alguém – mesmo sendo esse alguém o Valdemiro Santiago, homem de fala truncada e péssima dicção – use de barbarismos e regionalismos tais como os que vi na TV.

3. Também jamais, em meus poucos, porém produtivos anos de leitura bíblica, encontrei em Jesus uma mínima ponta dessa soberba social, que pudesse justificar seu desprezo pelos comedores de angú com taioba, marginalizando-os ao ponto de transformar essa expressão em insulto e humilhação. O Jesus da Bíblia sentava na beira da praia e comia com os pescadores. Portanto, se alguém realmente deu tal mensagem ao Valdomiro, esse tal não foi Jesus. Foi no máximo Gezuz.

Termino assim essa pequena nota, onde manifesto mais uma vez minha indignação com a teologia e conduta do apóstolo Valdemiro Santiago, e faço votos de que um dia ele deixe de enganar as pessoas, pare de comercializar a sua sudorese, e se converta de fato ao Senhor Jesus Cristo.

Autor: Leonardo G. Silva
Fonte: Púlpito Cristão

Resumão do final de semana

A situação realmente não anda muito boa, disso todos sabemos. Você tem visto algumas coisas publicadas aqui neste blog e em outros tantos por aí. Não há dúvidas que o fim dos tempos está próximo e que a volta de Jesus (maranata!) está mais perto do que se imagina. Vigiemos e oremos, clamando a misericórdia de Deus para nos livrar deste mundo tenebroso. Só Deus pode nos dar forças para continuar e nos manter em pé, firmes e convictos aguardando e grande e glorioso Dia.

Este final de semana (que para muitos ainda não acabou por causa do feriado prolongado) resolvi fazer algumas coisas que não fazia há um bom tempo e outras que nunca tinha feito. Uma delas, dentre as coisas que nunca tinha feito, foi (tentar) assistir a uma programa evangélico (evangélico?). Na realidade estava quase no final, então consegui ver apenas o momento crucial do programa: a oração. Menos mal, acho que não teria estômago para assistir todo ele...

Uns 15 homens subindo um morro, 5 destes com um galão de água (destes de 20 litros), um com uma cruz de vidro transparente cheio de papéis (creio que pedidos de oração) e uns dois com algo nas mãos que julgo ser óleo, ou azeite. Lá em cima, inicia-se a falácia: um pouco de marketing cristão, um tanto de autopromoção enfim, pensei que pelo menos ia rolar um versículo bíblico. Nada! A oração segui-se mais ou menos da seguinte forma: reconhecendo que Deus é Deus, agradecimento por estarem ali, determinação da benção de Deus sobre aquelas águas - daqui em diante acho que pararam de orar a Deus e começaram a falar com os telespectadores, "profetização" para que aqueles que beberem da água sejam curado, libertados, famílias restauradas, benção financeira. Falou-se um pouco dos nomes na "cruz de vidro", pedindo por cada vida, falou alguma coisa de curar pessoas com câncer, leprosos, cegos, não me lembro mais o quê, voltaram para a água, dizendo que aqueles que dela beberem ia passar a ter riquezas, seriam prósperos. E foi assim, por uns longos cinco minutos. Depois de "orado", começaram a convidar as pessoas a estarem no templo dia tal que aquele que apresentava o programa estaria lá, orando pelas pessoas.

Tem-se de tudo, menos a Palavra de Deus. Eu não cnsegui assistir mais o tal programa, nem faço ideia do que possa ter surgido depois mas de uma coisa tenho certeza: nunca mais repetirei a experiência! Algum tempo depois, ainda me recuperando de tudo o que vi, resolvi sair para passear um pouco com a esposa e a filha. Na rua resolvemos visitar um irmão e sua família, membros da igreja da qual saímos há algum tempo. De fato quando ainda estávamos lá as coisas não andavam muito bem, motivo pelo qual saimos. Depois piorou um pouco, mas jamais imaginaria que chegaria ao ponto que descobrimos que chegou.

O casal não estava lá, apenas sua filha mais velha. Conversamos uns 10 ou 15 minutos e foi o suficiente para ouvirmos o tanto de problema que tem acontecido por aquelas bandas. Resumindo bastante a situação, descobrimos que agora tratam a igreja como negócio e que este deve dar lucro. Não de almas, mas financeiro. Sim, é isso mesmo que você leu: a igreja é um negócio, e tem que ser lucrativo, senão é melhor fechar do que continuar a ter "prejuízo". E mais, agora adotaram as mesmas estratégias de outras tantas para segurar seus clientes, digo, membros: dar a estes cargos ou funções, não importando seu nível de maturidade espiritual. Esta irmã, por exemplo, filha do casal foi-lhe concedido um programa numa rádio evangélica "pirata" que tem aqui na cidade. Sim, uma récem convertida, quase sem experiência com Deus, sem nenhum conhecimento bíblico, fazendo programa em rádio, em nome da igreja. Não por ela, por quem tenho grande preocupação e vê-se nela o interesse por servir a Deus sinceramente, mas pela situação como um todo. Como pode isso? Ah!, detalhe: isso aconteceu porque ela estava desanimada, querendo sair e como já tinham tentado colocar ela no círculo de oração e não "resolveu", fizeram isso.

Bom, eu acho que estes dois fatos mostram bem como foi meu final de semana. Pois é, como diz a letra da música: "a coisa tá feia, a coisa tá preta, quem não foi filho de Deus, tá na unha do capeta!".

Que venham outros finais de semana, melhores que este, claro.

Em Cristo Jesus,

Danilo Miguel

Lançamento do século: crente "flex"!

A última moda do mercado é o dito "flex": já temos carro flex e moto flex. Na realidade o que se quer dizer com "flex", no caso dos motores, é que ele pode trabalhar com dois ou mais tipos diferentes de combustíveis, ou seja, é flexível. Por exemplo: um carro pode ser abastecido com gasolina e álcool. Isso é bom pois você sempre vai abastecer com o combustível de menor valor ou aquele que apresenta melhor desempenho, dependendo do caso.

A igreja (ah!, a igreja!) também está aderindo à moda. Ou melhor, a igreja não, mas os fieis. Não é difícil encontrar por aí os crentes "flex". Sim, crente "flex" é aquele que se alimenta de duas, ou mais fontes: ora está na igreja, ora está num centro de macumba (se bem que em alguns casos a gente não consegue distinguir qual é qual), só para citar um exemplo. Há também aqueles que num momento estão em profunda adoração na igreja e num outro momento estão em uma boate, numa balada ou na cama de um motel, sabe lá com quem. É assim, tudo simples, fácil e gostoso. É o crente "flex".

A igreja, ou melhor, as ovelhas nada mais são do que reflexo de seus líderes. Os líderes "flex" já existem há muito tempo. Desde que tornaram o evangelho "flex", tudo tem sido assim. O líder "flex" é aquele que não se importa com o que prega, ou melhor, se importa em pregar aquilo que o povo gosta, que o povo quer ouvir. Já não busca mais inspiração na Bíblia, mas em DVD's, livros e treinamentos mundanos, que valorizam o ser humano, que o enchem de esperança, uma esperança vazia, nas coisas deste mundo. Mas quem se importa? É isso que os homens querem ouvir. O evangelho "flex" é aquele que não fala de salvação, de arrependimento, de mudança de vida, do sacríficio de Jesus. Evangelho "flex" é aquele que diz que você é um vencedor, que você pode, ou melhor, deve exigir de Deus o melhor desta terra, que você não pode sofrer, que tem que ser rico, bem sucedido (nos moldes do mundo) enfim, o evangelho "flex" é o oposto do Evangelho de Jesus Cristo.

O Evangelho que conheço, que Jesus pregou, nos ensina que: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." (Mateus 6:24). Há, aqui, espaço para o "flex"? Ou eu estou exagerando?. Ah!, Jesus também disse: "entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela" (Mateus 7:13). Flex? Não!!! Tem mais. Alertou Paulo à Timóteo: " Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (II Timóteo 2:4) - ou você milita ou você se embaraça. Poderia citar outros tantos exemplos bíblicos aqui da não-flexibilidade do Evangelho mas quero desafiá-lo, querido leitor, a procurar na Palavra de Deus exemplos de postura "flex" diante de Deus, caso você pense que servir a Deus é assim, com flexibilidade.

Nestes últimos dias de tempos trabalhosos, que há homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, que têm aparência de piedade, mas negam a eficácia dela*, nossa vigilância e dependência do Senhor tem que se redobrada, para não cairmos em ciladas. Modismos existem e sempre existirão mas creio também que sempre haverá um povo que milite pela verdade, verdadeiros atalaias tocando a trombeta da verdade, que não se flexibilizam, mas perserevam na verdadeira doutrina de Cristo.

No mais, oremos por um recall santo, onde os crentes troquem seu motor"total flex" por um 100% Jesus!

N'Ele,

Danilo Miguel

* Achou que peguei pesado nas palavras e acusações agora? Vai ler a Bíblia! Depois disso, discuta com Paulo o teor destas palavras pois são deles mesmo. Leia em II Timóteo 3.

19 abril 2009

Reteté x Bereanos

Olá meus amigos e leitores!
Diante do quadro atual que vivemos, passamos por uma hora crítica em que precisamos avaliar e julgar os ensinamentos contundentes dos pregadores da boa vida e parar e pensar numa teologia bíblica.

Cada vez mais tenho percebido que parte dos evangélicos estão vivendo um estranho tipo de evangelho. O sensacionalismo bem como o emocionalismo, fruto do chamado Reteté tem ditado em nome do Espírito Santo comportamentos absolutamente contrários aos ensinos bíblicos.
Em nome da experiência, doutrinas e práticas litúrgicas das mais RIDICULAS que têm se multiplicado em nossos arraiais - "Sapatinho de fogo, unção do cajado, do riso, do leão, da urina, galo que profetiza, kung-fu", entre tantas outras mais, me faz abordar esse assunto.

Talvez ao ler este texto você esteja dizendo: quem somos nós para julgar alguém? A Bíblia nos ensina que não podemos julgar ninguém. Ora, quando o Senhor Jesus advertiu contra o juízo temerário (Mt 7:1-6), Ele não estava declarando pecaminoso e proibido toda e qualquer forma de juízo. Dentro do contexto de Mateus nosso Senhor nos induz a discernir quem é cão e porco para que não se desperdice a graça de Deus. Julgar não é pecado! Afinal o próprio Deus exerce juízo. Ele mesmo nos ordena exercer o discernimento, que diga-se de passagem é o dom mais ignorado, e talvez o mais odiado hoje em dia.

Cristo julgou os escribas e fariseus pelo seu comportamento hipócrita e doutrinariamente distorcido (Mt 23:1-36). Se o julgar não é o papel de um homem de Deus, então creio que tanto os profetas do Antigo Testamento como os apóstolos devem ser despidos deste título! O que falar então dos crentes de Beréia? Ora, diz a Bíblia que eles não engoliam qualquer ensinamento, antes pelo contrário, verificavam se o ensino estava de acordo com a sã doutrina.

Como já escrevi inúmeras vezes, creio veementemente que boa parte dos nossos problemas eclesiásticos se deve ao fato de termos abandonado as Escrituras. Não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.

O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro.
Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.

O que precisamos, de verdade, é retornar aos tempos dos "joelhos calejados", tempos em que gastavamos horas meditando na Palavra do Senhor individualmente, tempos em que choravamos diante do Pai por sermos pecadores e não merecedores de tanto amor, tempos em que havia união entre as igrejas de Cristo, tempos em que não havia falsidade dentro da da casa do Senhor, tempos em que pastores eram respeitados e não invejados por outros pastores.... Um dia retornaremos a essa condição.... MARANATA Ora vem Senhor Jesus!

SOLA SCRIPTURA - bradou Martinho Lútero

Autor: Pr. Elder Cunha
Fonte: O Semeador

18 abril 2009

Lançamento: Revista Tempo de Avivamento, Pr. Marco Feliciano

Próximas edições:


- O manual do "reteté".

- Como falar em líguas.

- Tudo sobre maquiagem masculina.

- Como os homens devem manter seus cabelos.

- Quais as cores "brilhantes" para ternos.

- Como cantar mal e ainda vender CD.

- A influência dos "gritos" na pregação.

- Como desinibir o povo "com defeito" de fabriação...

- E muitos mais...!!! Não percam...!!!! rsrs

Fonte: Púlpito Cristão

Igreja evangélica Asas de águia. Tem trio elétrico?

Imagino o momento do louvor "profético", misturado com axé gospel: "Na casa do Senhor não existe satanás. Xô, satanás, xô, satanás [...]". Onde vamos parar?

Via Este mundo jaz no maligno. Recomendo a leitura deste texto.

Deus e Silvio Santos: alguma semelhança?

Eu ainda me lembro bem dos tempos em que o homem do Baú, nos programas de domingo, levava pessoas ao palco, colocava-as numa tribuna e então este contava parte de sua vida, seus sonhos e desejos. Dentre um destes desejos, o apresentador pedia que disesse um que mais tinha desejo e então ia ele abrir as "Portas da Esperança". Eu gostava daquilo, chegava a me emocionar quando as pessoas não conseguiam ganhar o que queria. Me lembro também de uma vez que um homem da minha cidade ganhou uma luneta para observar as estrelas. Virou celebridade! Por onde passava as pessoas o reconheciam e cumprimentavam. Tempos bons...

Estive eu pensando outro dia sobre a semelhança entre este apresentador, Silvio Santos, e Deus. Há possibilidade de haver qualquer tipo de semelhança entre ambos. Não, não há. Pelo menos para nós cristãos que temos em Deus um Deus justo e misericordioso, que zela por Sua Palavra, que cuida dos seus e que entregou Seu filho por amor a nós pecadores, não há qualquer semelhança. Mas há quem encontre tais semelhanças, mesmo que não saiba. Vamos ver quais são e quem é este tipo de gente.

Senor Abravanel, carioca, nascido aos 12 de dezembro de 1930 fez fama e dinheiro, dentre outras coisas, vendendo o tão conhecido Baú da Felicidade. Era um carnê de pagamento mensal que recompensava a fidelidade financeira (ou seja, pagamento em dia) dos seus clientes, com prêmios e mais prêmios. Eram eletrodomésticos, móveis, brinquedos, automóveis e até imóveis. Sim, bastava adquirir um (ou mais) carnê e pagar todos os meses, RIGOROSAMENTE em dia como fazia questão de frizar o apresentador. Além dos sorteios durante o tempo de pagamento, ao final do mesmo o cliente tinha direito a um prêmio extra. Bastava passar em uma de suas lojas e trocar o carnê pago por mercadorias. Ficou rico, fez fama e ajudou muita gente a realizar o sonho da casa própria.

Hoje em dia quantos são aqueles que querem fazer do seu carnê de dízimo (meu Deus, onde tem isso na Bíblia?) um carnê do Baú da Felicidade? Quantos são aqueles que, direcionados por seus líderes, acham que tem algum privilégio diante de Deus só porque pagam em dia seus dízimos? A igreja (e isso me refiro a igreja local) tem se tornado num clube de investimento, numa espécie de bolsa de valores celestial. Você aplica hoje e amanhã tem bons rendimentos. Sete vezes mais, cem vezes mais, sei lá quanto, tudo depende da sua fé e da sua fidelidade ($$$).

O cristão (cristão?) tem deixado de lado a adoração, a dependência e o amor a Deus para buscar n'Ele apenas e tão somente bençãos financeiras, curas, libertação. Para alguns Deus deixou de ser Deus e virou mercador, agiota, cambista. Ou até mesmo Silvio Santos! Quantos são aqueles que esperam em Deus a abertura das Portas da Esperança, aguardando ver sua benção, ou seu prêmio. Vão à igreja, servem ao Senhor somente pela recompensa, somente pelas promessas. A morte sacrificial de Jesus para nos livrar do pecado e da morte não tem valor algum. Querem suas "bençãos", aqui e agora.

As pessoas vivem de qualquer forma, de acordo com seus desejos e vontade, desagradando a Deus, dando ouvido a tudo que é besteira que se tem pregado por aí e acham que só pelo fato de frequentarem um igreja ou darem 10% de seu salário, Deus tem alguma obrigação em abençoa-los. Tem alguns que chegam ao cúmulo de "determinar" o agir de Deus. O empresário e apresentador tem sim, a obrigação de premiar seus clientes, está em contrato. As pessoas pagam para isso. Para ele não importa se o cidadão é um adúltero, um fornicador, um homicida. Ele quer que eles paguem. Ele ganha com isso, ficou rico assim. E Deus?

Deus depende de seu dinheiro? Deus depende de você? De forma alguma. O que Ele quer é seu coração, seu compromisso, sua santidade e principalmente, a salvação de sua alma. Deus não está preocupado se você é rico ou pobre, pois Ele já proveu um meio de você ter uma vida eterna, livre do pecado, livre da morte, da maldição, do sofrimento. Não aqui, mas na eternidade, com Ele. Deus quer e pode nos abençoar, mas isso por Sua graça e misericórdia, não porque merecemos ou "decretamos", ou fazemos isso ou aquilo. É Ele quem decide. Deus é Deus!

Eu aguardo sim a aberturas da Porta da Esperança, mas aquela porta aberta por Jesus, que um dia todo crente salvo passará para chegar ao céu, para uma eternidade com Deus.

Que Deus, em Cristo, no abençoe e nos guarde para o grande dia,

Danilo Miguel
semforma.blogspot.com

Igreja atual: uma geração de cristão alienados

É triste constatar, mas é verdade: o atual sistema evangélico-eclesiástico tem produzido uma geração inumerável de cristãos alienados.

Mas, o que significa o termo "cristão alienado"? Para iniciar essa explicação, nada melhor do que colher a definição de "alienação", constante do "Dicionário de Filosofia" de Nicola Abbagnano. Peço ao leitor que não tente compreender toda a terminologia filosófica utilizada para o esclarecimento de "alienação". Ater-se ao significado das palavras que estão em negrito já é suficiente.

(in. Alienation; fr. Alienation; ai. Entfremdung; it. Alienazioné). Esse termo, que na linguagem comum significa perda de posse, de um afeto ou dos poderes mentais, foi empregado pelos filósofos com certos significados específicos.

1. Esse termo foi empregado por Rousseau para indicar a cessão dos direitos naturais à comunidade, efetuada com o contrato social. "As cláusulas deste contrato reduzem-se a uma só: a alienação total de cada associado, com todos os seus direitos, a toda a comunidade" (Contrato social, I, 6).

2. Hegel empregou o termo para indicar o alhear-se a consciência de si mesma, pelo qual ela se considera como uma coisa. Este alhear-se é uma fase do processo que vai da consciência à autoconsciência.

3. Esse conceito puramente especulativo foi retomado por Marx nos seus textos juvenis, para descrever a situação do operário no regime capitalista. Segundo Marx, Hegel cometeu o erro de confundir objetivação, que é o processo pelo qual o homem se coisifica, isto é, exprime-se ou exterioriza-se na natureza através do trabalho, com a alienação, que é o processo pelo qual o homem se torna alheio a si, a ponto de não se reconhecer. Enquanto a objetivação não é um mal ou uma condenação, por ser o único caminho pelo qual o homem pode realizar a sua unidade com a natureza, a alienação é o dano ou a condenação maior da sociedade capitalista. A propriedade privada produz a alienação do operário tanto porque cinde a relação deste com o produto do seu trabalho (que pertence ao capitalista), quanto porque o trabalho permanece exterior ao operário, não pertence à sua personalidade, "logo, no seu trabalho, ele não se afirma, mas se nega, não se sente satisfeito, mas infeliz... E somente fora do trabalho sente-se junto de si mesmo, e sente-se fora de si no trabalho". Na sociedade capitalista, o trabalho não é voluntário, mas obrigatório, pois não é satisfação de uma necessidade, mas só um meio de satisfazer outras necessidades. "O trabalho exterior, o trabalho em que o homem se aliena, é um trabalho de sacrifício de si mesmo, de mortificação" (Manuscritos econômico-filosóficos, 1844, I, 22).

4. Esse uso do termo tornou-se corrente na cultura contemporânea, não só na descrição do trabalho operário em certas fases da sociedade capitalista, mas também a propósito da relação entre o homem e as coisas na era tecnológica, já que parece que o predomínio da técnica "aliena o homem de si mesmo" no sentido de que tende a fazer dele a engrenagem de uma máquina.

5. Na linguagem filosófico-política hoje corrente, esse termo tem os significados mais díspares, dependendo da variedade dos caracteres nos quais se insiste para a definição do homem. Se o homem é razão autocontemplativa (como pensava Hegel), toda relação sua com um objeto qualquer é alienação Se o homem é um ser natural e social (como pensava Marx), alienação é refugiar-se na contemplação. Se o homem é instinto e vontade de viver, alienação é qualquer repressão ou diminuição desse instinto e dessa vontade; se o homem é racionalidade operante ou ativa, alienação é entregar-se ao instinto. Se o homem é razão (entendida de qualquer modo), alienação é refugiar-se na fantasia; mas, se é essencialmente imaginação e fantasia, alienação é qualquer disciplina racional. Enfim, se o indivíduo humano é uma totalidade auto-suficiente e completa, alienação é qualquer regra ou norma imposta, de qualquer modo, à sua expressão. A equivocidade do conceito de alienação depende da problematicidade da noção de homem.

Partindo da explicação acima, pude vincular a palavra alienação à "perda" e à "limitação da expressão e da potencialidade". Toda vez em que o homem perde alguma coisa, tanto externa quanto interna, ou é limitado, de alguma forma, para que não venha a expressar tanto corporal quanto verbalmente, toda a potencialidade que lhe é inerente, ele se torna um alienado.

Agora estamos, em condição de explicar qual o "modus operandi" que as igrejas tem adotado para transformar os seus membros em cristãos alienados.

1 - O estudo e a exposição clara e contínua da Palavra de Deus não são incentivados. Tanto nos cultos, quanto nas festivades, o tempo é quase todo tomado por homenagens, cantores, jograis, etc., ficando pouquíssimos minutos para a Palavra de Deus. Esse estratagema evita que o cristão venham a ter um conhecimento mais profundo das Escrituras, impedindo, consequentemente, que ele venham a desenvolver uma consciência mais nítida de seu verdadeiro papel como filho de Deus.

2- Há uma intenção deliberada de impedir que os cristão venham a tomar conhecimento de seus direitos. Quase ninguém sabe que o membro tem o direito de obter uma cópia do Estatuto e do Regimento Interno da Igreja, documentos nos quais constam os direitos e os deveres dos membros e dos obreiros, assim como o modo pelo qual a igreja deve estruturada e administrada. Ninguém sabe que é um dever do pastor prestar contas das receitas e despesas da igreja. Todos são ensinados a não perguntar sobre o destino de seus dízimos, sob a alegação de que não se pergunta por algo que se paga a Deus. Quase ningúem sabe que, se for "excluído" tem o direito de defesa em uma assembléia específica. O que se dá a conhecer ao membro são apenas seus deveres.

3- Constrói-se uma doutrina, ainda que velada, da infalibilidade do pastor. Ele passa a ser visto como o santo, o profeta, o magnânimo, o perfeito, cujas ações não podem ser contestadas por ninguém. Qualquer crítica quanto à atitude do "ungido" é considerada como aberta resistência demoníaca.

4- Ensina-se ao crente que ele não deve nunca "murmurar". Deve aceitar passivamente a todas as regras do sistema, submetendo-se totalmente a elas. O mesmo é persuadido a aceitar que a benção divina só virá como resultado de sua irrestrita "obediência" (na verdade, obediência é o nome que eles dão à subserviência e à bajulação).

5- Ao cristão é ensinado que "a letra mata, mas o espírito vivifica". Distorcem assim, a Palavra de Deus, para justificar o desprezo total pela razão, como critério justo de julgamento das manifestações espirituais. Leva tempo para o cristão perceber que a letra que mata é a letra da Lei, mas não a letra das orientações apostólicas quanto à forma de julgar as doutrinas e modismos heréticos. Ensina-se que é errado julgar essas manifestações, pois o homem carnal não entende as coisas do espírito. Há uma total inversão: manifestações puramente carnais, baseadas na fantasia humana, como sopro, riso, rastejamento, quedas, são revestidas de um caráter espiritual, enquanto que um discernimento, baseado na Palavra de Deus, é uma atitude carnal. Dessa forma, toda a racionalidade é sacrificada, restando apenas um ser irracional, que é difícil identificar como sendo gente.

Eu poderia relacionar aqui outras estratégias, utilizadas por líderes perversos, para alienar o cristão de sua situação original de filho de Deus, co-administrador da obra de Deus, embaixador, herdeiro de Deus, adorador racional, sacerdote de Deus, etc.

Infelizmente, em muitas igrejas, o cristão tem de sacrificar toda a sua individualidade, bom senso, capacidade crítica e autonomia, caso queira ser aceito pelo sistema. Se não escrever, de acordo com a cartilha, está fora. Os cristãos dessas igrejas deixaram de ser gente e passaram a ser número, estatística, apenas. São como ovelhas, das quais o que se quer é apenas carne e leite. Quanto ao perigo dos lobos as devorarem, eles dizem: "que se dane".

É impressionante como essa massa incontável de alienados é facilmente controlada. São como uma manada de bois que seguem o som das buzinas, o estalo do chicote e o grito do boiadeiro. E todos obedecem, sem reclamações, sem contestações. Infelizmente desconhecem a força que têm.

Meus Deus! Quando isso vai terminar? Como foi que deixamos isso acontecer?

Pobres alienados!

Autor: Cristiano Santana
Fonte: Uma visão do mundo

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