31 março 2009

Televangelistas? Não! Telenganadores!!!

Hoje não consigo aguentar um minutos assistindo programas evangélicos. Sinto uma revolta tão grande que, confesso, dá vontade de jogar a televisão pela janela.

Poderia ser este comentário de qualquer pessoa: um ateu, um espírita, um católico ou até um satanista, mas não o é. E por mais incrível que possa parecer, este comentário foi feito por um presbítero da Assembleia de Deus (pasmem!). Seria rídiculo, nojento, asqueroso; mereceria total repúdio, desaprovação, descrédito ou, para alguns até mesmo a excomunhão (tá meio na moda esses dias). “Um presbítero dizendo que não aguenta assistir um programa evangélico? Tá endemoninhado!” eu ouço alguns dizer.

Imagem meramente ilustrativa

Antes que outros julgamentos sejam feitos vamos analisar os fatos: “pesquei” este comentário no (excelente!) blog do pr. Ciro Zibordi (que visito regularmente), no texto entitulado “¿Por qué no te callas?“ (recomendo a leitura antes de prosseguir). Leu o texto? Ótimo, passe para o próximo parágrafo! Não leu? Vou resumir em poucas palavras: o pr. Ciro utiliza da frase dita ordem proferida pelo rei Juan Carlos, da Espanha, ao inconveniente presidente da Venezuela, Hugo Chaves durante uma importante reunião, para ilustrar o que se deve ser dito aos telealgumacoisa de hoje em dia, que estão se utilizando dos meios de comunicação para enriquecimento próprio, fama e outras coisas que não pregar o verdadeiro Evangelho – insisto: leia o texto completo no site do pr. Ciro.

Concordo em gênero, número e grau com o pr. Ciro! Entretanto meu foco aqui não é seu texto, mas o comentário do presbítero, que inicia este artigo. O obreiro em questão tem a coragem de assumir que assinou um pacote de TV a cabo só para se ver livre dos tais “tele-evangelistas” (ou teleevangelistas? Bendita reforma ortográfica…). Onde já se viu, um renomado obreiro da Assembleia de Deus admitir uma coisa dessas, em público? Ainda mais que a gente sabe que um dos maiores e mais famosos apresentadores de programa evangélico é um pastor da mesma denominação! É o fim dos tempos… Ou não!

O prezado presbítero (Cristiano Santana, autor do blog Uma visão do Mundo que também acompanho) somente está em concordância com o pr. Ciro e eu me associo a ele na questão de se distanciar dessa corja de malfeitores, gananciosos, mentirosos e falsos profetas que tem se levantado nestes dias, se prostituindo e levando com eles uma enorme multidão de pessoas com enganos, mentiras e tudo mais de anátema que possa existir.

Assim como o irmão Cristiano, eu fico distante deste tipo de gente e não consigo assistir a tais programas. Se preciso comprar alguma coisa, tem meios (canais, lojas, internet) específicos para isso. Se vou viajar ou adquirir um consórcio, não tenho que ficar usando o nome de Deus (em vão). Se desejo contribuir com a Obra de Deus, de fato, o faço através da minha igreja, enviando ofertas aos missionários que estão nos campos (estes sim precisam de ajuda) ou de qualquer outra forma. Se necessito de uma mensagem de estímulo, de autoajuda, de “vitória”, leio a Palavra ou, em últimos casos, tem bons livros de gente especializada nisso. Enfim, qual a utilidade destes programas? Ah, tem mais! Sensacionalismo? Tem aos montes na TV, e fatos do cotidiano, nada que use o nome de Deus (em vão).

Ama-se mais a Mamon (Mateus 6:24) do que a Deus. Tem servido sim, mas ao deus deste século, através das mentiras e enganos e, cegados pelo inimigo das nossas almas, acabam esquecendo que um dia prestarão contas diante do Tribunal e à estes, dirá o Advogado: “Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade” – Mateus 7:23.

Que Deus tenha misericórdia de nossas vidas!

30 março 2009

Prostitutos Cultuais e Mercadores da Fé

Eu estava tentando encontrar um adjetivo para qualificar os atuais cantores e pregadores que cobram elevadas somas em dinheiro para pregar ou cantar nas igrejas e em conferências promovidas por evangélicos, e achei que “mercador da fé” não é um adjetivo apropriado, porque é simples demais para nominar tais pessoas.

Pois bem. Vejo esses exploradores da boa-fé evangélica como prostitutos cultuais – que é a tradução da versão atualizada – para os que se prostituíam junto aos templos pagãos e que depois passaram a se prostituir diante do templo do Senhor em Jerusalém. Porque os prostitutos (as) cultuais mencionados na Bíblia exploravam os que se dirigiam ao templo para adoração oferecendo-lhes um pouco de orgia – orgia sexual revestida de espiritualidade, como alguns desses a que me refiro que falam línguas, profetizam, oram pelos enfermos, são místicos e super espirituais... Mas orgiofantes (como os sacerdotes que prestavam culto a Dionísio).

Os prostitutos e prostitutas cultuais, comuns nos templos pagãos passaram a conviver com os adoradores junto ao templo de Jerusalém, indicativo de uma deformação espiritual da nação de Israel. Não estou afirmando que é comum tais pessoas se prostituir de verdade, em orgias sexuais; estou afirmando, isto sim, que sempre que uma pessoa se afasta de Deus, comete prostituição com outros deuses – fato mencionado pelo próprio Deus em várias passagens do Antigo Testamento. Em Ezequiel 16 ele compara Israel a uma menina, que é cuidada por Deus, adornada e preparada para ser esposa, mas se prostitui com os povos vizinhos.

Deus se antecipou ao que poderia acontecer e recomendou a Moisés: “Das filhas de Israel não haverá quem se prostitua no serviço do templo, nem dos filhos de Israel haverá quem o faça... Não trarás salário de prostituição nem preço de sodomita à Casa do Senhor, teu Deus (Dt 23.17-18).

O que se vê hoje no Brasil é uma orgia espiritual, uma masturbação coletiva praticada por cantores e cantoras, pregadores e pregadoras, que não conseguiram fazer sucesso no mundo e encontraram na igreja um filão de negócio; o caminho para o enriquecimento à custa da espiritualidade dos irmãos.

Imagine o Lázaro da Bíblia, que Jesus ressuscitou dos mortos gravando seu cd e saindo pelo mundo a pregar nas igrejas, usando os recursos para comprar bens e imóveis em Atenas, Roma e Jerusalém. Imagine Dorcas, relatando sua ressurreição e insinuando aos irmãos por onde pregava que precisava de dinheiro para comprar máquinas de costura a fim de ajudar os pobres com maior eficácia, lucrando com a bênção alcançada. Eles seriam excluídos do rol de membros do céu pelos apóstolos.

Pois sei que esses excrementos espirituais – e não há palavra melhor para descrever tais pessoas – cobram preços exorbitantes para pregar e cantar. Eu estava numa cidade pregando o evangelho e em várias cidades daquele Estado os irmãos se mobilizavam para ouvir o ex (que deve ter fracassado no mundo) cujo preço varia de 20 a 35 mil reais por apresentação. Este cantor que explora a espiritualidade do povo deve ganhar, pelo menos, com a agenda cheia em torno de cem mil reais por semana! Sim, porque fazem sucessos os ex-, sejam ex de quaisquer espécies. Ex que tocou na famosa banda do mundo; ex- que se prostituía com drogas, mas agora se prostitui com dinheiro. Prostituem-se com a fé. Sim, porque quais prostitutos cultuais do AT usam da espiritualidade para fazer orgia com o povo com o fim de levar o povo a se alegrar, enquanto eles ficam ricos.

Uma denominação pentecostal nutriu, alimentou e criou um pregador que cobra o exorbitante preço de quinze mil reais por pregação e nunca tomou uma atitude corretiva e disciplinar quanto a seu enriquecimento e vida pessoal; ao contrário, alimenta o sucesso desse mercador de dons. Balaão se sentiria envergonhado!

Assim, quando viajo pelo Brasil sinto no ar o odor fétido que eles deixam por onde passam; o odor da prostituição espiritual, o cheiro nauseabundo que costumam exalar os espiritualmente mortos. Que se prostituem espiritualmente e que levem pastores, líderes e povo à prostituição com eles é inegável, e não é de se duvidar de que se prostituam literalmente em seus confortáveis quartos de hotel. Pregadores e cantores que fazem exigências incomuns; que não aceitam fazer uma refeição na casa de irmãos; apenas em restaurantes que servem a La Carte. Que não se contentam com os bons hotéis e se não houver os melhores, recusam-se participar de eventos a menos que suas exigências sejam atendidas.

Os culpados são os líderes que atraídos pela ganância financeira esperam obter lucros com os gananciosos. Certamente porque muitos pastores, apóstolos e líderes se prostituíram espiritualmente, empolgados com as riquezas deste mundo, sonhando com mansões no litoral brasileiro e nas famosas cidades dos Estados Unidos.

Que posso dizer? Afirmar que alguns desses pastores que apóiam tais cantores e pregadores, juntamente com estes sejam descendentes de Balaão – que se prostituiu e usou de seus dons para ensinar Balaque a armar ciladas para os filhos de Israel – seria ofender o profeta do Antigo Testamento, que por seu pecado foi morto por Josué.

Quem sabe possuem o DNA de Judas, ou são da mesma linhagem espiritual que vendem o nosso Senhor em troca das benesses de Mamom. Pedro e Judas descreveram tais cantores, pregadores e pastores com adjetivos pouco recomendáveis, afirmando que estes “andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores... Considerando como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades, eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado, engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos malditos; abandonando o reto caminho, se extraviaram, seguindo pelo caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o prêmio da injustiça... Esses tais são como fonte sem água, como névoas impelidas por temporal. Para eles está reservada a negridão das trevas”.

Por mistificações o apóstolo está se referindo aos que usam dos dons espirituais para se sobrepor aos demais; eles têm dons, são místicos e falam como se uma nuvem de transcendência divina repousasse sobre eles.

Faz-se necessária uma limpeza na igreja, a Casa de Deus, como fizeram Asa e Josafá. Asa tirou de cena sua própria mãe e “removeu os prostitutos cultuais” que usavam o templo como local de prostituição. Josafá ainda precisou intensificar a reforma, porque, de tempos em tempos os aproveitadores da boa vontade do povo; os exploradores da espiritualidade das pessoas, tais como eram os filhos de Eli aparecem na igreja de Deus (1 Rs 15.12; 22.47).

Uma igreja rameira serve de alcova para os exploradores da espiritualidade do povo. E Deus haverá de limpar sua igreja.

Nota do editor: Este texto não é de minha autoria, mas poderia ser. Não ouso acrescentar uma só palavra ao contrário, faço destas as minhas.
Ví aqui: Bereianos - Fonte: Pavablog

28 março 2009

Da série: "Cartazes que gostaríamos de ver por aí"

(clique para ver ampliada)

A intenção desta "série" não é apresentar cartazes estéticamente perfeitos, bonitos de se ver, mas sim o conteúdo que vai contrar os que vemos por aí apresentando fulano que faz aparecer dentes de ouro, congresso do reteté, bertano que tem a unção do riso, profetisa que ruge e engatinha como leão e coisas do tipo. A intenção é mostrar que não há mais preocupação alguma com o verdadeiro Evangelho, mas sim com os espetáculos que não produzem arrependimento, mudança de vida ou sequer edificação espiritual.

27 março 2009

Cada uma que me aparece...

Eu quero casar com uma mulher que tenha as seguintes características:
  • Que seja uma mulher que queira agradar o Deus que fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há.
  • Que nunca tenha sido “atriz de filme erótico”.
  • Que nunca tenha sido casada com alguém que esteja vivo.
  • Que não esteja grávida.
  • Que não tenha filho (ou filha).
  • Que tenha altura abaixo da minha altura.
  • Que tenha idade abaixo da minha idade. Ou seja, que tenha nascido depois de 11 de outubro de 1979.
Pouco pretensioso o menino, hein?!? Este texto encontra-se no site de um camarada que se chama Wanderson ("No meu nome, a letra “W” (dáblio) tem o mesmo som que a letra "u"" (sic)) e que, pelo que se nota, deve ser... hum, digamos, gospel (seria este o melhor termo para este tipo de gente? Cristão tem um peso muito grande!). Ví em alguns blogs comentários dizendo que ele seria obreiro daquela igreja onde o bispo pede muito dinheiro tem uma rede de televisão. Eu já penso que não se passa de um viral (termo usado para definir uma campanha publicitária que os próprios usuários da internet tratam de divulgar, não exigindo esforço dos anunciantes. Geralmente são usados vídeos. Obs: Viral não tem relação com vírus de computador).

O site tem um monte de foto e informações do indivíduo, além de um formulário de contato para as, digamos, interessadas. Perrrrrrrrgunto: onde está Deus nisso? Como esse cidadão usa o nome de Deus em vão, dessa maneira? Se ele é crente, ou gospel ou qualquer coisa assim, por que não busca em Deus uma companheira? Isso é uma vergonha para o Evangelho...

Ah, a falta do link para o site é proposital.

Da série: "Cartazes que gostaríamos de ver por aí"


Inicio esta "série" para mostrar o quanto anda deturpada a "coisa" quando se trata de Evangelho. Não há mais interesse em divulgar a Palavra, em ensinar o verdadeiro Evangelho de arrependimento pregado, principalmente, por Jesus Cristo. As "propagandas" que se vê por aí são de exaltação do homem, dos (supostos) milagres, convidando para reuniões onde se tem de tudo um pouco, menos a Palavra de Deus. Em breve novos "cartazes". Aceito sugestões :)

P.s.: Antes que me joguem pedra dizendo que esse negócio de "propaganda" é errado, quero dizer que também não sou muito a favor disso. Digamos que é um mal necessário. É um mal pois acredito que a verdadeira Mensagem não precisa de propaganda para ser difundida, ou melhor, a "propaganda" é feita no boca-a-boca e principalmente através do testemunho do crente. As vezes se faz necessário pois se quisermos atingir determinado "nicho de mercado" temos que penetrá-lo de alguma forma.

P.s. 2: Quando me refiro ao termo "nicho de mercado", não estou fazendo da Palavra de Deus um produto mercadológico, ou simplesmente, um produto. Utilizei aqui um termo muito comum no meio do marketing que se refere a determinados públicos. Público, essa talvez seria a palavra correta. Pois penso que em determinados lugares e determinadas pessoas, se não houver convite (ou, no caso, divulgação), raramente estas pessoas terão a "curiosidade" aguçada para ir até um culto evangélico. Quantos foram alcançados pela simples leituras daqueles panfletos evangelísticos, com mensagens profundas da parte de Deus? Penso, também, que o evangelismo pessoal é e sempre será a melhor forma de "propaganda" do Reino.

26 março 2009

A bíblia de Judas Iscariotes

Todo mundo conhece de cor e salteado a história de Judas Iscariotes ─ personagem marcante, que fazia parte do grupo seleto dos doze que Cristo escolhera para o seu ministério aqui na terra. Judas estava no meio dos discípulos, mas o seu projeto visava mais o reino daqui de baixo, cujo deus se chama “Mamon”. Foi ele o articulador do mais audacioso plano religioso-comercial daquela época ─ o da venda de Cristo por trinta valiosas moedas de prata”.



Jesus escolheu Judas, para ser o contraponto da mensagem de um Reino que não era desse mundo, justamente por saber que o seu futuro traidor, era por demais, ligado a área monetária, e porque não dizer: a área do enriquecimento ilícito. Judas, o discípulo da prosperidade terrena, deve ter considerado Simão Pedro um otário ou imbecil, pois, realizara a tolice de deixar a sua empresa de pesca para seguir o Mestre dos mestres.

Judas, ao vender o seu Mestre, naturalmente deve ter imaginado: “Puxa, fiz um grande negócio ao trocar Jesus por estas trinta moedas. Ele não é bobo, quando estiver às vésperas da condenação, como Filho de Deus, fará o maior milagre de todos os tempos: fulminará todos os seus algozes instantaneamente ─ e assim, eu terei unido o útil ao agradável ─ além de rico, participarei como mentor maior de um futuro reino, em Jerusalém”.

Raffaele Mertes, diretor do filme lançado em 1999, sobre a história do traidor, mostra um Judas frustrado e visivelmente abalado, ao constatar que Jesus, em seus últimos momentos de vida, não usara os seus poderes Divinos para libertar-se dos seus algozes. Judas ao ver seu sonho terreno cair por terra, desesperançado, toma a decisão trágica de se enforcar.

Hoje, num momento conturbado de nossa história, alguns discípulos interesseiros estão resgatando a mensagem e o projeto de Judas, ao expor nas prateleiras das livrarias gospel do nosso país, bíblias de preços exorbitantes, com títulos reluzentes, como algodão-doce-colorido que faz a festa da criançada, para enganar as incautas ovelhas que não examinam as Escrituras Sagradas. Estão usando o mesmo método de Judas: vendendo o produto “cristo”, para engordar os seus paraísos terrenos.

Comentários, que são verdadeiros atos de profanação, estão sendo acrescentados nos rodapés das páginas do Livro Sagrado, com o mesmo propósito espúrio de que foi movido Judas: fazer de Cristo um produto para uso e abuso dos marajás de um reino terreno e fugaz.

Essa bíblia de cunho financeiro, que muito bem poderia ser denominada “Bíblia de Judas Iscariotes”, tem elementos e caracteres básicos para ser diferenciada das demais. Senão vejamos:

  • Ela não estimula pregar a Palavra, e sim vendê-La.
  • Ela não estimula a ser mais crente, e sim a ter mais crentes.
  • Ela não estimula a ser mais prudente, e sim mais astuto.
  • Ela não estimula o crescimento interior, e sim o exterior.
  • Ela não estimula a pacificação, e sim a competição.
  • Ela não preconiza o sofrer por amor da justiça, e sim a gozar com o fruto da injustiça.
  • Ela não preconiza a transparência, e sim a aparência.
  • Ela não oferece jugo suave, e sim juros pesados.
  • Ela não promete aflição, e sim comissão.

É preciso que fiquemos de prontidão, pois, o anticristo sutil que deturpa a Palavra para fins mundanos, já está entre nós, como foi predito lá em I João 4 , 3: “[...] Este é o espírito do anticristo, do qual já ouvistes que há de vir, e agora já está no mundo”.

Vì aqui: Bereianos - Fonte: veSHAME Gospel
Autor: Dr. Levi Bronzeado

21 março 2009

Pode ser agora. Você está preparado?


Você, de fato, pode dizer: "Maranata! Vem, Senhor Jesus!"?


"Aquele que testifica estas coisas diz: Certamente cedo venho. Amém. Ora vem, Senhor Jesus." - Apocalipse 22:20

20 março 2009

Banco de talentos gospel

Estava navegando em um site de relacionamentos, procurando por alguns perfis conhecidos quando conheci uma comunidade no mínimo, interessante: "Pregadores do Evangelho". Resolvi conhecê-la para, quem sabe, fazer parte da mesma. Em seu fórum há um tópico entitulado "preciso de pregadores!" (sic). Fui ver mais de perto do qeu se tratava aquilo pois de repente poderia ser alguma região onde o Evangelho estivesse passando por problema, alguma igreja buscando ajuda ou algo, digamos, nobre de fato. Não foi grande a surpresa ao ver (naquele momento) 39 pessoas atendendo ao "chamado".

Tem de tudo: exegéta (sic), pregador, avivalista, conferêncista (sic), presbítero, numa verdadeira vitrine aberta, onde se oferece de tudo um pouco: testemunhos, conferências, cantores e mais, muito mais... Um verdadeiro banco de talentos, com seus currículos expostos.

[pausa para um relato pessoal]

Eu já fui assim: corria atrás do meu chamado, me oferecia para pregar, me entitulava obreiro quando não o era, queria por que queria fazer as coisas acontecerem (I Co 13:11; 14:20). Hoje, depois de algumas experiências - recentes - com Deus, temo por este chamado. Não de medo, pois Quem chama, capacita, mas de zelo e por causa da grande responsabilidade. Sei que com essa minha atitude, do passado, só fez retardar aquilo que o Senhor tem para mim. Mas creio que Ele é fiel e justo e a Seu tempo há de fazer cumprir suas promessas e, ainda que não as cumpra quanto ao ministério, o mais importante que a maior delas já me foi concedida: a salvação em Cristo Jesus. E isso é o que importa!

[fim da pausa para o relato pessoal]

Uma pessoa que não depende de Deus em seu ministério, o que se pode esperar dela? Se há fome e sede por fazer a Obra (Obra?), ou seja, em pregar o Evangelho (Evangelho?) e não há convites para o fazer em grandes templos, em mega concentrações, em super shows porque, então, não pregar nas praças públicas, nos hospitais, nos presídios? Opa, será que aqui há um outro interesse, além do de expor o Cristo, senhor e salvador? Que tipo de mensagem esse "tipo" de gente tem ministrado? E as igrejas que aceitam a estes, o que se pode dizer delas?

Conheço uma irmã, carinhosamente chamada de missionária por quem a conhece, que tem uma mensagem poderosa e genuína. Nada de superficialidade, nada de exibicionismo, mas o simples e puro Evangelho. Outro tempo, conversando com ela, me propus a fazer um site para divulgar sua agenda, telefone para contato enfim, um meio de comunicação, nada mais que isso. Ela me barrou, alegando não estar dando conta de tanto convite que tem por atender. Uma pessoa simples, humilde mas que depende tão somente do Senhor. Não precisa ficar se expondo, não precisa ficar se oferecendo. A Obra é de Deus e é Ele quem toma conta. Se somos vaso, precisamos apenas estar dispostos e preparados.

E os títulos? Um mais esdrúxulo que o outro, como os já citados no início deste artigo. Bom, vamos tentar fazer uma pequena comparação com o ministério de Jesus:
  • Qual era a agência de marketing que cuidava das campanhas de divulgação de Seu ministério?
  • Quais eram seus assessores, que cuidavam de sua agenda, onde haveria de estar ou com quem deveria falar?
  • Quais foram Seus títulos? Doutor em divindade, talvez?
  • Em que momento Jesus pregou uma mensagem para agradar Seus ouvintes?
  • Quando Ele fez do dinheiro seu patrão?
E nós, até quanto vamos ter que engolir esses que, se dizendo da parte de Deus, fazem o jogo do deus deste século? Clamemos pela misericórdia do Senhor.

19 março 2009

A doutrina esquecida

Absolutamente sem palavras para comentar o vídeo abaixo. O autor fala com autoridade e humildade, em poucos minutos, mas sua mensagem é de enorme profundidade. Veja você mesmo:



Vi aqui, no Bereianos.

Igreja evangélica Underground. Igreja???

"Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências" 2 Timóteo 4:3



Sei lá, mas na minha época isso se chamava show de rock...

18 março 2009

Um pouco da minha história...

Porque deixei de acreditar em tantas besteiras. Confesso que relutei um tanto para publicar este texto, mas espero que sirva de edificação para os que o ler.

Já vi quase tudo nessa vida nestes poucos mais de 13 anos de Evangelho, ou melhor, de igreja (com "i" minúsculo mesmo). Ou melhor, já vi algumas poucas coisas pois cada dia surgem novas aberrações, assim concluo que vou morrer e não vou ver tudo. Converti numa igreja que tinha placa batista, mas que depois descobri que Batista era somente o sobrenome do sogro do pastor (pastor?). De lá sai e ajudei a iniciar um outro ministério, que nem me recordo o nome. Um tal pastor que apareceu na igreja do genro do Batista, se rebelou e achou que sozinho poderia fazer mai$. Um tempo com ele, o trabalho pro$perando, muita coisa acontecendo. Muita coisa mesmo. Até que a "ficha" começou a cair e notei que nem tudo era como deveria ser.

Literalmente abandonei este ministério e regressei ao primeiro, com sentimento de culpa, arrependido pelo pecado de rebelião. Afinal, foi ali onde "nasci", onde preguei meu primeiro sermão, onde era reconhecido, onde cheguei, inclusive, a ministrar em dois cultos semanais fixos (terças e quintas). Desde essa época, mesmo estando dentro do "sistema" me sentia incomodado. Sabia que tinha alguma coisa errada, que não era bem aquilo que me enfiavam goela abaixo. Tinha algo mais, não sabia o que. Não tinha ninguém a quem recorrer, alguém que pudesse me ensinar a são doutrina. Recorria ao melhor recurso: o estudo solitário da Palavra. Aprendi muito, mas não foi o suficiente. Ou melhor, eu resisti muito até começar a aplicar o que aprendi.

Novamente, desiludido e inconformado, abandonei os Batistas. Fiquei um tempo perambulando até que, convencido por um amigo missionário (missionário?) fomos connhecer uma outra denominação. Uma lá de Brasília, dirigida por um bispo que um dia foi presbiteriano. Gente jovem como a gente, muito agito, muito alegria. Me sentia importante pois era tratado como "querido", "amado". Sem outras alternativas, mesmo não gostando muito, acabei ficando. Ali aprendi muito e cresci bastante ministerialmente: fui consagrado cooperador, depois obreiro, dei aulas de discipulado, em curso para cooperador, fiz parte de uma comissão para disciplinar um irmão. Enfim, trabalhei muito. Me sentia incomodado, como sempre, pois não me encaixava perfeitamente no "sistema". Minhas mensagens eram duras, de arrependimento, de conversão. Não agradava muito e por fim acabei cedendo - eu precisava me sentir parte do corpo. Comecei a deixar de lado a verdadeira Mensagem para falar aquilo que o povo queria ouvir. Se eu disser que não foi bom, vou mentir. Quem não gosta de ser valorizado? Mesmo assim, sempre que terminava um discurso, me sentia vazio e percebia o povo vazio.

Fui convidado pelo meu então pastor a abrir uma igreja numa outra cidade, vizinha àquela para qual ele seria transferido. Tomei uma das mais duras decisões em toda minha vida: recusei o convite e sai do ministério. Não suportava mais tudo aquilo. Aquela situação me corroia. Ver a igreja valorizar mais os "amados" que tinham um bom dízimo e uma excelente oferta e deixar de lado os mais carentes. Ver a igreja se afastando mais e mais do verdadeiro Evangelho e vivendo uma super valorização das coisas terrenas, como isso me incomodava. Eu não podia mais continuar a ser conivente com tudo aquilo.

Depois disso estive em outros lugares, passei um tempo afastado da igreja, da Igreja e de Deus e sofri alguns traumas por conta disso. Como diz um velho ditado (alguns chegam a dizer se tratar de um versículo biblico): "quem não vem pelo amor, vem pela dor". Pode até ser uma heresia, mas eu acabei retornando pela dor. Num momento de grande dificuldade busquei numa igreja próxima a minha casa uma mensagem de consolo, de conforto. E louvo a Deus pois encontrei! Fiquei por ali um tempo e a situação foi se repetindo: fui vendo aos poucos o dinheiro e a ganância tomando conta dos líderes. Lamentável...

Vale resaltar que na cidade onde moro isso é, infelizmente, praxe. Costumo dizer que esta cidade mata profetas. Conheço homens e mulheres de Deus - e não poucos - que vieram para cá "cheios da unção", como se diz por aí, e que depois de pouco tempo simplesmente morreram. Homens fervorosos na oração e na Palavra que em pouco tempo se tornaram verdadeiros mercadores, chantagistas e mentirosos. Tudo em nome de Deus.

Eu dou graças a Deus pois até mesmo quando eu estava afastado e Senhor sempre me sustentou. Quantas vezes chorei ao ver um irmão que noutra oportunidade era uma benção na igreja, mas que agora estava com uma lata de cerveja na mão, dando a mínima para o Reino de Deus. Já participei de muitos congressos, eventos, reuniões ou seja lá o que for onde "caiu fogo do céu" (sic), onde as pessoas rodopiavam, pulavam, gritavam, gemiam, caiam pelo chão e mais um monte de manifestações e que no outro dia estavam vivendo a mesma vida de sempre, como se nada tivesse acontecido. Quanto "avivamento" que eu já presenciei que trouxe como resultado não uma mudança de vida, não a conversão, arrependimento de pecados e entrega ao Senhor, mas nada mais que barulho e agito, puramente carnais.

Conheci um rapaz, que inclusive foi separado obreiro no mesmo dia que eu, que era um exmplo: orava todos os dias no monte, vivia estudando a Palavra, jejum e tudo mais que se tem direito. Por ter sido militar, chegava a passar um final de semana inteiro no monte, no meio do mato, isolado de tudo e de todos, orando, meditando, falando com Deus. Quando orava chegava a profetizar, ter revelações e visões. No monte onde ele costumava orar, numa determinada época, começou a aparecer os tão famosos gravetos luminosos. Eu tive lá, fui ver pessoalmente, sempre tive curiosidade em saber como era. E o negócio brilhava mesmo. Com pouco tempo aquilo passou a ser local de "romaria". Num determinado dia chegou a ter quase 100 pessoas lá, só para ver o chão iluminado. As pessoas se jogavam ao chão, era uma loucura.

Me lembro de um dia, duas irmãs um tanto quanto, digamos, gordinhas, resolveram ir até lá justamente num tempo em que estava sendo "derramado a unção do riso" (sic). Foi alguns dias depois que um tal pastor esteve na igreja pregando essa moda. E não é que as irmãs foram tomadas pelo tal riso de uma forma tão grande que não conseguiam se manter em pé. Resultado: tivemos que juntar em pelo menos 4 irmãos para carregar cada uma delas, morro abaixo.

Já acreditei sim na tal unção do riso, no "cair no espírito", no sapateado de fogo e em mais um monte de coisa. Mas a gente que busca ter um coração sincero diante de Deus, sempre procura na Palavra um respaldo para aquilo que faz, que acredita. Primeiro, como já comentei antes, fui notando que nada daquilo provocava mudança de vida, adoração ao Senhor e atitudes verdadeiramente cristãs. O alerta vermelhor acendeu! Fui buscando nas Escrituras evidências que atestassem essas manifestações e não encontrava nada. Me encontrava numa situação complicada, pois era obrigado a aceitar algo que não estava de acordo com a Palavra de Deus.

Larguei tudo! Hoje, pela misericórdia do Senhor, tenho adotado o costume bereano (Atos 17:10-11). Creio no poder e na soberania de Deus e que Ele pode operar da maneira que melhor lhe convier, mas creio também que Deus é decente e ordeiro. Hoje louvo a Deus pois tenho certeza que faço parte da Igreja de Cristo e também por ser membro de uma igreja onde é pregado o verdadeiro Evangelho, onde se valoriza a comunhão com Deus, a verdadeira adoração, onde o pastor tem compromisso com a verdade, onde o povo ora. Não acontece nada extravagante, os cultos não tem gritaria, não tem show, não tem mensagens vazias e chulas. Hoje dou graças a Deus pois Ele me ensinou e me ensina, seja no dia a dia ou seja com tudo o que passei. Hoje louvo a Deus pois se estou em pé porque é Ele quem me sustenta.

Que o Senhor tenha misericórdia de nossas vidas e nos ajude a mantermos fiéis até o Grande dia da volta do Senhor Jesus!

16 março 2009

É ou não o fim dos tempos?

Estou grávida da minha namorada
Um casal de lésbicas de São Paulo pode ser o primeiro a registrar os filhos com o nome de duas mães.

Se tiver estomâgo leia a matéria completa aqui: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI64032-15228,00-ESTOU+GRAVIDA+DA+MINHA+NAMORADA.html

Estou sem condições de tecer qualquer comentário neste momento. Desculpe...

06 março 2009

Estou selado!

Não tinha a intenção de postar nada aqui que não fosse mensagens ou estudos, mas vou abrir uma pequena excessão por um bom motivo: recebi um "selo" do Teóphilo, pessoa que tenho visitado constantemente seu blog e site a um bom tempo. Algumas das coisas que deixei de lado, pois fui levado a aceitar por falta de instrução, o fiz depois de ler textos em seu site, meditar e buscar embasamento na Palavra. Sou grato a Deus por isso!


E mais grato agora, que recebo este selo por parte deles. Mas como a regra é claro, segue abaixo meus "indicados" ao selo Friends:
  1. Teologia Pentecostal - de Gutierres Siqueira;
  2. Blog do Ciro - do Pr. Ciro Zibordi;
  3. Bereianos - de Ruy Marinho;
  4. Púlpito Cristão - de Leonardo Goncalves;
  5. Membro de Banco - de Alessandro Monteiro;
  6. Projeto Piura - também de Leonardo Gonçalves;
  7. Assem-bereia de Deus - de Tharsis Kedssoni e
  8. Newton Carpinteiro - do Pr. Newton Carpinteiro
Que o laço de comunhão se fortaleça e o propósito de propagar a verdadeira Mensagem seja solidificado cada dia pelo Senhor!

Qual o papel da Igreja na Terra?

Ao lermos as Escrituras Sagradas notamos claramente através dos ensinamentos do Mestre e, posteriormente, nos registros e instruções feitas pelos santos apóstolos, o verdadeiro papel da Igreja na Terra. Não vamos esgotar o assunto neste simples texto, mas queremos expor alguns princípios e verdades e confrontar, pela Palavra, algumas mentiras e falsas doutrinas ensinadas nos dias atuais. Que Deus nos conceda graça para crescermos um pouco mais com este estudo e que o Espírito Santo fale ao nosso coração. Este é nossa oração!

O princípio de tudo

“E, chegando Jesus às partes de Cesaréia de Filipe, interrogou os seus discípulos, dizendo: Quem dizem os homens ser o Filho do homem? E eles disseram: Uns, João o Batista; outros, Elias; e outros, Jeremias, ou um dos profetas. Disse-lhes ele: E vós, quem dizeis que eu sou? E Simão Pedro, respondendo, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque to não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. Pois também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela;” Mateus 16:13-18

Diferente do que parece, Jesus não estava querendo saber sua popularidade no meio do povo, nem mesmo estava preocupado se seu “Ibope®” estava alto ou não, mas Ele queria saber aqui testar seus discípulos. Ele sabia exatamente o que passava no coração de cada um, o que cada um pensava a Seu respeito mas acredito que neste momento o Senhor simplesmente os colocou cara a cara com a realidade: “Tanto tempo seguindo este cidadão e quem, de fato, é Ele”, deve ter pensado algum deles. Mas Pedro, impulsivo como todo bom sanguíneo (fala antes de pensar), solta sua maior pérola: “Tú és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v.16). Aleluia, que momento glorioso! Imagino que naquela hora muitos dos que estavam ali foram até mesmo tomados de temor por, enfim, ser desvendada tão grande verdade. Quanto tempo andando com alguém sem saber que de fato era.

É certo que esta verdade é usada por muitos para validar algumas inverdades como, por exemplo, afirmando que naquele momento Jesus “empossava” o primeiro papa(!). Na realidade sabemos que a pedra sobre a qual a Igreja foi, naquele momento, edificada, não era Pedro (no grego Petros: uma pedra pequena) mas sim a verdade que, pelo Espírito, acabara de lhe ser revelada (“Sobre esta pedra...” no grego petra: uma grande rocha maciça). Não vou me deter nestes detalhes, pois não é esta a intenção deste estudo.

Finalmente estava naquele momento nascendo a Igreja, que mudaria para sempre a história da humanidade. Seja trazendo uma mensagem de salvação ou até mesmo pelas muitas guerras e mortes ocasionadas pela defesa cega e ignorante (radicalismo religioso) por parte de alguns.

Os primeiros “membros”

Vamos dar um salto na História afinal, como mencionado anteriormente, não é do interesse deste estudo esmiuçar os fatos. Antes de Jesus voltar para o lado do Pai, após sua ressurreição, deixou uma promessa e uma instrução aos Seus discípulos: “E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.” (Lucas 24:49). O que se segue é conhecido: lá estão os discípulos reunidos em Jerusalém, conforme orientação do Senhor quando o Espírito Santo desceu sobre eles, manifestando-Se em forma de línguas de fogo (Atos 2). Pedro (a pequena pedra) se levanta e anuncia a Mensagem àqueles que estavam ao redor, assistindo toda aquela manifestação gloriosa. Resultado: quase três mil almas se rendem ao Senhor (Atos 2:41)! Qual o pastor que não gostaria de iniciar uma igreja assim? Mas é importante notar algumas peculiaridades no discurso de Pedro. Vamos falar sobre algumas deles logo mais adiante.

Uma pequena pausa para um comentário particular: sempre que leio os primeiros capítulos do livro de Atos eu choro. Choro e lamento. Meu coração é tomado de profunda tristeza ao ver como era a Igreja no princípio e olhar para os dias de hoje. Sou tomado de grande dor quando vejo pessoas usando o nome de Deus para se promover, ganhar dinheiro, pregando um evangelho podre, nojento, mentiroso (Gálatas 1:8). Ah, se nós cristãos olhássemos um pouquinho para o passado, deixando de lado o orgulho, a competição, os interesses nas coisas deste mundo! Como tudo seria diferente. Quanta gente correndo atrás de profetas – eu mesmo já fui um destes – sendo que na Bíblia já existe tudo o que precisamos.

Por que, então, a Igreja foi constituída?

“E com muitas outras palavras isto testificava, e os exortava, dizendo: Salvai-vos desta geração perversa.” – Atos 2:40

“E disse-lhes Pedro: arrependei-vos, e cada um de voz seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” – Atos 2:38

“E disse-lhes: ide por todo o mundo, pregai o Evangelho a toda criatura” – Marcos 16:15

Muitos outros versículos poderiam ser usados, mas acredito que estes dão uma clara idéia do papel da Igreja sobre a Terra. Uma mensagem nos foi dada, um escape nos foi concedido, o preço já foi pago. O homem pode si só não tem a menor condição de se salvar. Pelas obras, para que o homem se glorie (Efésios 2:9)? De forma alguma, pois não teria céu suficiente para alguns. Por penitências também não (Efésio 2:8). Por merecimento? Impossível, pois o homem não passa de um miserável pecador (Romanos 3:23; Gálatas 3:10,13; Romanos 7:24). Algo precisava ser feito, e o foi. Fomos salvos, remidos, lavados. Mas agora cabe a nós anunciarmos esta virtude (1 Pedro 2:9).

No início deste tópico os dois primeiros versículos apresentados destacam as primeiras ações de Pedro após ser cheio do poder do Espírito Santo. Quanta ousadia, quanta intrepidez! Não era dele mesmo, mas vinha de Deus. Mas lá estava ele, disposto a ser usado, e a mensagem, a verdadeira Mensagem sendo pregada.

Acompanhamos não somente nos discursos de Pedro mas principalmente nas palavras de Jesus uma mensagem ora até dura contra o pecado, a vida desregrada e imunda. A mensagem de conversão, de nova vida. É esta a mensagem da Igreja, a noiva do Cordeiro. É esta a mensagem que o Senhor nos deixou. Algo como: “venha como está (arrebentando, imundo, ferido) e Eu te restaurarei, te limparei, te curarei”. Mas assim como aconteceu com aquele paralitico do tanque de Betesda (João 5) e com a adúltera a ponto de ser apedrejada (João 8), também ouço o Senhor a dizer: “Não peques mais!”.

Ou seja, o Senhor quer nos curar, libertar, renovar, limpar ou seja lá o que for que você precisa, mas Ele também quer santidade (Levítico 11:44,45; 1 Pedro 1:16), renúncia (1 João 2:15; Mateus 10:37) e compromisso (Mateus 6:33). E uma das maiores, senão a maior, instrução que o Senhor Jesus nos deixou foi justamente essa: anunciar o Evangelho (Marcos 16:15). Esta é, então, a missão ou papel da Igreja sobre a Terra. O temos sido fiéis?

Não faz parte desta missão, pelo menos não encontro embasamento bíblico, os mega-eventos, cruzadas, exibicionismos e demais que não conduzem a um caminho de santidade, que não conduzem à mensagem da Cruz. Não faz parte do papel da Igreja usar Deus como um mercador, um agiota ou um curandeiro. Não faz parte da missão da Igreja se preocupar com as coisas deste mundo, prometendo maravilhas, milagres, riquezas, poder e outros, que não a salvação em Cristo e uma vida de santidade e compromisso com Deus.

Creio sim em um Deus de milagres, que opera impossíveis entretanto acho contraditório, por exemplo, encontrar na Bíblia um Jesus que se irritou com os vendedores do templo (Marcos 11:15), que ensinava humildade (Marcos 18:4; Mateus 19:21 e outros), que foi humilde (Mateus 8:20; Mateus 11:29) enquanto hoje homens, em nome de Deus, pregam riqueza, luxuria, amor ao dinheiro, conquistas materiais e tantas outras aberrações. Seria esta, e não aquela, a verdadeira Igreja? Há fundamento bíblico para isso? Todas estas coisas que se comercializam por aí (não esqueça: todas essas promessas estão intimamente ligadas à sua fidelidade financeira – leia-se dízimos e ofertas) conduzem a uma vida com Deus? Os bens e valores deste mundo conduzem a salvação em Cristo?

Um outro evangelho – Gálatas 1:8

É certo que a Igreja tem vivido dias de mentira, engano e porque não dizer, prejuízo. Não prejuízo da Igreja, pois contra esta o Senhor mesmo disse que nem mesmo o inferno não prevalecerá (Mateus 16:18). Mas prejuízo da fé, da boa fama, dos fiéis de bom coração.

Paulo advertiu a igreja da Galácia que ainda que um anjo anunciasse outro evangelho, ou seja, um evangelho que não seja de salvação, de conversão, de mudança de vida, que aquela mensagem fosse maldita. E sua preocupação foi tão grande que ele repete isso na mesma carta, logo nas primeiras palavras (Gálatas 1:8-9). E hoje, qual evangelho tem sido pregado em nossas igrejas, nos grandes eventos, na televisão, no rádio? “Deus vai te abençoar com riquezas”, “Deus quer sarar sua vida”, “Deus vai quebrar as maldições que te atrapalham” e assim por diante. É isso que ouvimos, que vemos. Esta é nossa realidade, lamentavelmente.

Repito: Deus pode sim curar, sarar, limpar, dar riquezas enfim, Deus é soberano e onipotente. Tudo Lhe é possível (Mateus 19:26; Marcos 10:27; Lucas 1:37). Mas não é este Seu propósito final para o homem. O Senhor que nos salvar e assim nos conceder uma vida de integra comunhão e santidade, diante de Sua presença. Esta vida é apenas uma passagem para algo infinitamente melhor que o Senhor nos tem preparado. Mas temos falhado...

Seja pregando, aceitando ou compactuando com as mentiras que se insiste tanto em chamar de evangelho. Não há salvação, não há conversões, não há mudança de vida. Nem de longe se enxerga a cruz, o sangue derramado, a dor, o sofrimento. O túmulo vazio... Não se enxerga porque eles não querem. Preferem as coisas deste mundo, os valores desta terra. O prêmio final, a vocação real, o chamado divino ficam para traz, como que sem valor, como que simplesmente uma fábula, um conto de carochinha.

A qual Igreja você pertence?

A Igreja, aquela que o Senhor constituiu derramando Seu próprio sangue, pagando alto preço é formada por aqueles que aceitam um viver santo fazendo-se inimigos do mundo e seus valores (Tiago 4:4), nos moldes do Senhor, sonhando e desejando o grande e glorioso dia em que finalmente nosso Senhor e Salvador virá nos buscar para uma eternidade junto do Pai.

Já a igreja constitui-se daqueles que querem uma vida sem compromisso, que só conhecem os milagres de Deus, mas nunca terão um compromisso com o Deus dos milagres, amando mais a vida neste mundo, não se preocupando com o amanhã, com a salvação de sua alma (afinal, estão mais preocupados em aproveitar as delícias deste mundo).

A qual delas você pertence?

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