20 março 2009

Banco de talentos gospel

Estava navegando em um site de relacionamentos, procurando por alguns perfis conhecidos quando conheci uma comunidade no mínimo, interessante: "Pregadores do Evangelho". Resolvi conhecê-la para, quem sabe, fazer parte da mesma. Em seu fórum há um tópico entitulado "preciso de pregadores!" (sic). Fui ver mais de perto do qeu se tratava aquilo pois de repente poderia ser alguma região onde o Evangelho estivesse passando por problema, alguma igreja buscando ajuda ou algo, digamos, nobre de fato. Não foi grande a surpresa ao ver (naquele momento) 39 pessoas atendendo ao "chamado".

Tem de tudo: exegéta (sic), pregador, avivalista, conferêncista (sic), presbítero, numa verdadeira vitrine aberta, onde se oferece de tudo um pouco: testemunhos, conferências, cantores e mais, muito mais... Um verdadeiro banco de talentos, com seus currículos expostos.

[pausa para um relato pessoal]

Eu já fui assim: corria atrás do meu chamado, me oferecia para pregar, me entitulava obreiro quando não o era, queria por que queria fazer as coisas acontecerem (I Co 13:11; 14:20). Hoje, depois de algumas experiências - recentes - com Deus, temo por este chamado. Não de medo, pois Quem chama, capacita, mas de zelo e por causa da grande responsabilidade. Sei que com essa minha atitude, do passado, só fez retardar aquilo que o Senhor tem para mim. Mas creio que Ele é fiel e justo e a Seu tempo há de fazer cumprir suas promessas e, ainda que não as cumpra quanto ao ministério, o mais importante que a maior delas já me foi concedida: a salvação em Cristo Jesus. E isso é o que importa!

[fim da pausa para o relato pessoal]

Uma pessoa que não depende de Deus em seu ministério, o que se pode esperar dela? Se há fome e sede por fazer a Obra (Obra?), ou seja, em pregar o Evangelho (Evangelho?) e não há convites para o fazer em grandes templos, em mega concentrações, em super shows porque, então, não pregar nas praças públicas, nos hospitais, nos presídios? Opa, será que aqui há um outro interesse, além do de expor o Cristo, senhor e salvador? Que tipo de mensagem esse "tipo" de gente tem ministrado? E as igrejas que aceitam a estes, o que se pode dizer delas?

Conheço uma irmã, carinhosamente chamada de missionária por quem a conhece, que tem uma mensagem poderosa e genuína. Nada de superficialidade, nada de exibicionismo, mas o simples e puro Evangelho. Outro tempo, conversando com ela, me propus a fazer um site para divulgar sua agenda, telefone para contato enfim, um meio de comunicação, nada mais que isso. Ela me barrou, alegando não estar dando conta de tanto convite que tem por atender. Uma pessoa simples, humilde mas que depende tão somente do Senhor. Não precisa ficar se expondo, não precisa ficar se oferecendo. A Obra é de Deus e é Ele quem toma conta. Se somos vaso, precisamos apenas estar dispostos e preparados.

E os títulos? Um mais esdrúxulo que o outro, como os já citados no início deste artigo. Bom, vamos tentar fazer uma pequena comparação com o ministério de Jesus:
  • Qual era a agência de marketing que cuidava das campanhas de divulgação de Seu ministério?
  • Quais eram seus assessores, que cuidavam de sua agenda, onde haveria de estar ou com quem deveria falar?
  • Quais foram Seus títulos? Doutor em divindade, talvez?
  • Em que momento Jesus pregou uma mensagem para agradar Seus ouvintes?
  • Quando Ele fez do dinheiro seu patrão?
E nós, até quanto vamos ter que engolir esses que, se dizendo da parte de Deus, fazem o jogo do deus deste século? Clamemos pela misericórdia do Senhor.

Um comentário:

  1. Prezamado Danilo Miguel,

    A Paz do Senhor!

    Excelente texto pela sua direta argumentação e base fundamentada no correto. Sem Rodeios!

    Mas, penso que o nosso conhecido irmão João Batista estava errado, se analizarmos conforme o texto abaixo:

    Se ele vivesse hoje, nestes loucos anos de após 2000 DC, seria ele um necessitado em aprender a evangelizar?

    Na visão profunda dos atuais: bispos e bispas, apóstolos e apóstolas, profetas e profetizas, bem como, os Doutores em Arcanjos, Serafins, Demoniologia, Divindade, Psicologia, Arqueologia, Sociologia e várias "gias", pode-se acreditar, que é possível uma extrema “necessidade de Deus”, com estes títulos?

    Será que existe esta necessidade?

    Será para “melhor resultado”? a quantidade de pastoras que surgem como pipoca em todas as denominações? e antes do arrebatamento da Igreja de Jesus Cristo, a Santa Noiva Eleita?

    - Creio que não!

    Visite no blog do Pastor Ciro: cirozibordi.blogspot.com e você poderá ler uma grande explicação sobre o posicionamento da mulher no seio da igreja:

    O que a Bíblia diz (ou não diz) sobre o chamado ministério pastoral feminino

    A coincidência ou o aumento destas posições, é o resultado do enfraquecimento da igreja e de seus líderes, na escolha de Ministérios de Família, ou de seus adjuntos interessados em agradá-los em tudo e por tudo?

    - Creio que sim!

    Ele, João Batista, seria nada em evangelismo, se o compararmos aos grandes "gênios" da atualidade. João Batista, deveria aprender, com os profissionais de evangelismo, os vários ritmos que imitam as músicas ou canções atuais no Mundo, para se fazer entender?

    - Creio que não!

    Ele, João Batista, deveria aprender, com alguns pregadores, a contar algumas piadas ou anedotas, fazer muito charme, provocar com bastante artimanha, e um sorriso constante da platéia, e se possível, com luzes coloridas e grandes efeitos visuais?

    - Creio que não!

    João Batista, deveria ter deixado de lado a sua alimentação provida de gafanhotos ou mel silvestre, ou quiçá, deveria ter utilizado grandes quantidades de fumaça e efeitos especiais, para embelezar e criar arrepios na multidão. Assim, poderia provocar as massas em seus sentimentos e evangelizar com mais entusiasmo?

    - Creio que não!

    Treinar muito bem a sua voz, para poder pronunciar com maior envergadura:

    - Raças de víboras, quem vos ensinou a fugir da ira futura?

    Ele, João Batista, deveria utilizar a sua melhor gravata, e de preferência com o seu melhor terno, se possível o mais atual, e a garantia de ter sido assinado ou autografado por um excelente alfaiate, ou utilizado camisas com as mangas um pouco mais curtas, assim pois, apareceria o seu relógio de marca e muito caro.

    - Creio que não!

    Ele, João Batista, sentiria vergonha da preocupação dos líderes atuais, em provocar o otimismo, sem entender o que significa a palavra Fé, e esquecê-la na sua importante atuação "palcocêntrista"?

    - Creio que sim!

    Fé, não é apenas resultado de otimismo, sim, resultado da convicção total, em se crer no impossível de Deus, e nas respostas espirituais aos corações dependentes e correspondentes ao serviço de Deus. Ser testemunho vivo.

    - Creio que sim!

    O otimismo, propõe à todos, os valores completamente humanos, afastando radicalmente a teologia ou a metafísica.

    Ele, João Batista, não era positivista, como muitos pastores. E sim, era apenas credor da dedicação à Verdade, e a proclamação das Boas Novas.

    - Creio que sim!

    Como credores do amor, devemos praticar o bem, e produzir uma vida condizente com a Palavra de Deus, com o viver em testemunho a cada momento de nossas vidas.

    - Creio que sim!

    Maranata! Sim! Sim! Sim!

    pr. Newton Carpintero
    www.pastornewton.com

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