16 setembro 2009

Sou a favor da cobrança de taxas dos músicos evangélicos

Dias desses vi no site do Teophilo um texto falando sobre a possibilidade da OMB (Ordem dos Músicos do Brasil) multar os músicos evangélicos que não forem filiados à autarquia. Na realidade quem pagará a multa não são os músicos, mas as igrejas que permitem que tais digamos, profissionais, toquem em seus shows, cultos, reuniões ou seja lá o que for. A Ordem se baseia na Lei 3.857 de 22 de dezembro de 1960(!) e que regula a atividade de músico.

Pois bem, como a música na igreja deixou de ser uma forma de expressão de louvor e adoração à Deus e tornou-se apenas mais um objeto de comércio, uma forma de exaltação e rivalidade do homem ("eu canto melhor que você", ou "minha igreja tem uma banda melhor que a sua" ou também "nosso grupo participou do evento X") e os músicos, antes adoradores, hoje são meros profissionais, nada melhor que cobrar sim e exigir a devida filiação à Ordem. Por que o cara que ganha a vida ralando nas noites, tocando em barzinhos, aguentando fumaça de cigarro, bêbados e coisas piores tem que ser filiado (e pagar as taxas devidas) e aquele que canta (profissionalmente) na igreja não? É este melhor que aquele?

É evidente que nem tudo está perdido! GRAÇAS a Deus que ainda existam pessoas interessadas em prestar um verdadeiro culto à Ele e O adoram em espírito e em verdade seja onde for, com ou sem plateia, com equipamentos caros ou só no "gogó". À estes seria uma verdadeira injustiça falar em taxá-los, em filiação ou qualquer coisa parecida pois em muitos casos eles nunca tiveram a oportunidade de profissionalização sendo que em muitos casos (se não todos) o que sabem é por puro dom. Mas, como separar o joio do trigo?

A propósito, existe alguma OPB (Ordem dos Pregadores do Brasil)? ...

*P.s.: O "evangélicos" no título não foi intencional. Era pra ser "gospel", mas não achei o plural correto.

4 comentários:

  1. Prezamado Danilo Miguel,

    A Paz do Senhor!

    A que ponto chegamos. Puro comércio desenfreado.

    Hoje virou moda. Todos desejam gravar o seu CD, DVD. Até aí tudo bem. Maravilhoso!

    Conseguem produzir um louvor agradável, e se sentem verdadeiros artistas, quando partem para o desesperado e descoberto "caminho para as índias", em suas cabecinhas e é incrível, quando começam a criar algumas composições, sem pé ou cabeça, para preencher com as músicas necessárias à sua produção.

    Por causa destes, os necessários e reais louvadores, que são poucos, pagarão por esta insensatez.

    O Senhor seja contigo!

    pr. Newton Carpintero
    www.pastornewton.com
    www.editoresapologeticos.com

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  2. Realmente a questào de os músicos de igreja usarem o altar para a sua vaidade é muito séria, porém como advogado e também músico, devo dizer que a pretensão da OMB é absolutamente inconstitucional, pois a manifestação artística é livre de regulamentação, conforme garante a constituição federal. A filiação à OMB só é obrigatória aos músicos formados em curso superior. Esta questão é pacífica na Justiça federal.

    Soli Deo Gloria

    Cristian Graebin

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  3. Olá Cristian! Obrigado por sua visita e comentário.

    Triste notícia essa que você me deu. Não pelos verdadeiros adoradores, levitas ou músicos que o fazem por paixão e para louvar a Deus, de fato. Mas pelos profissionais, que sobem ao palco por vaidade, conforme você mesmo cita.

    Mas, desejos à parte, imagino que se a OMB decidir realmente exigir a filiação irá conseguir. Como advogado você bem sabe as brechas na nossa Lei e como se manipulam tais para interesses próprios.

    Em Cristo,

    Danilo Miguel

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  4. Irretocável. Profissional é profissional. Querem ser "estrelinhas" profissionais? Paguem a OMB!! Abraço.

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