30 setembro 2009

Lançamento do século: o crente flex!

Estou reeditando algumas postagens "antigas" mas com conteúdo sempre atual. Faço isso pois sei que a maioria, por mais que ache o blog interessante, não passa da segunda ou terceira página de conteúdo, portanto o faço para que você, leitor, tenha acesso facilitado aos meus conteúdos. As postagens inéditas voltam em breve, muito breve.

Senhoras e senhores, fiquem agora com: "Lançamento do século: o crente flex!". (postado originalmente em 20/04/2009)

Lançamento do século: crente "flex"!


A última moda do mercado é o dito "flex": já temos carro flex e moto flex. Na realidade o que se quer dizer com "flex", no caso dos motores, é que ele pode trabalhar com dois ou mais tipos diferentes de combustíveis, ou seja, é flexível. Por exemplo: um carro pode ser abastecido com gasolina e álcool. Isso é bom pois você sempre vai abastecer com o combustível de menor valor ou aquele que apresenta melhor desempenho, dependendo do caso.

A igreja (ah!, a igreja!) também está aderindo à moda. Ou melhor, a igreja não, mas os fieis. Não é difícil encontrar por aí os crentes "flex". Sim, crente "flex" é aquele que se alimenta de duas, ou mais fontes: ora está na igreja, ora está num centro de macumba (se bem que em alguns casos a gente não consegue distinguir qual é qual), só para citar um exemplo. Há também aqueles que num momento estão em profunda adoração na igreja e num outro momento estão em uma boate, numa balada ou na cama de um motel, sabe lá com quem. É assim, tudo simples, fácil e gostoso. É o crente "flex".

A igreja, ou melhor, as ovelhas nada mais são do que reflexo de seus líderes. Os líderes "flex" já existem há muito tempo. Desde que tornaram o evangelho "flex", tudo tem sido assim. O líder "flex" é aquele que não se importa com o que prega, ou melhor, se importa em pregar aquilo que o povo gosta, que o povo quer ouvir. Já não busca mais inspiração na Bíblia, mas em DVD's, livros e treinamentos mundanos, que valorizam o ser humano, que o enchem de esperança, uma esperança vazia, nas coisas deste mundo. Mas quem se importa? É isso que os homens querem ouvir. O evangelho "flex" é aquele que não fala de salvação, de arrependimento, de mudança de vida, do sacríficio de Jesus. Evangelho "flex" é aquele que diz que você é um vencedor, que você pode, ou melhor, deve exigir de Deus o melhor desta terra, que você não pode sofrer, que tem que ser rico, bem sucedido (nos moldes do mundo) enfim, o evangelho "flex" é o oposto do Evangelho de Jesus Cristo.

O Evangelho que conheço, que Jesus pregou, nos ensina que: "Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom." (Mateus 6:24). Há, aqui, espaço para o "flex"? Ou eu estou exagerando?. Ah!, Jesus também disse: "entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela" (Mateus 7:13). Flex? Não!!! Tem mais. Alertou Paulo à Timóteo: " Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra" (II Timóteo 2:4) - ou você milita ou você se embaraça. Poderia citar outros tantos exemplos bíblicos aqui da não-flexibilidade do Evangelho mas quero desafiá-lo, querido leitor, a procurar na Palavra de Deus exemplos de postura "flex" diante de Deus, caso você pense que servir a Deus é assim, com flexibilidade.

Nestes últimos dias de tempos trabalhosos, que há homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, que têm aparência de piedade, mas negam a eficácia dela*, nossa vigilância e dependência do Senhor tem que se redobrada, para não cairmos em ciladas. Modismos existem e sempre existirão mas creio também que sempre haverá um povo que milite pela verdade, verdadeiros atalaias tocando a trombeta da verdade, que não se flexibilizam, mas perserevam na verdadeira doutrina de Cristo.

No mais, oremos por um recall santo, onde os crentes troquem seu motor "total flex" por um 100% Jesus Cristo!

N'Ele,

Danilo Miguel

* Achou que peguei pesado nas palavras e acusações agora? Vai ler a Bíblia! Depois disso, discuta com Paulo o teor destas palavras pois são deles mesmo. Leia em II Timóteo 3.

29 setembro 2009

Carta aberta aos editores que SE DIZEM apologéticos!


Em completa e absoluta concordância com este texto do pr. Newton Carpintero, homem que tenho sondado seu caráter e integridade dia após dia nas longas conversas que temos tido em torno do Encontro de Editores Apologéticos e outros assuntos, sempre focados no Reino de Deus e na Verdade da Sua Palavra e que, só posso afirmar que vejo neste uma pessoa extremamente preocupada com a vida daqueles que estão perdidos e os que estão se perdendo, publico novamente o texto abaixo, postado originalmente aqui no Sem forma! no dia 14 de julho de 2009.

Certo que de serei entendido não como um crítico sem fundamento, mas como alguém que zela pela integridade daqueles com quem tem tido contato através da blogosfera e outros tantos, amigos ou anônimos, que estão se iludindo com a "fama repentina" proporcionada pelo blog que possui ou outras obras praticadas. Antes de enviar seus comentários, seja qual for o teor do mesmo, por favor, leia completamente o texto, analise sua situação, pense, reflita! E, se mesmo assim se achar no direito de tecer sua crítica, faça, mas IDENTIFIQUE-SE para que seja aprovado seu comentário.

Com amor,

Danilo Miguel
semforma.blogspot.com

Carta aberta ao editores apologéticos - um desabafo!

Cada dia que se passa eu sinto mais nojo por aquilo que estão chamando de religião. É uma revolta muito grande com tudo o que se tem feito em nome de Deus. Quando imaginamos que já chegou-se ao fundo do poço, surge um novo modismo, um novo falso profeta, uma nova igreja, uma nova “visão”, uma nova “unção” e por aí afora. O povo, ignorante, se enreda cada vez mais e mais atrás desses movimentos. Basta surgir um “profeta” mais forte ou um curandeiro mais famoso que todos estão lá seguindo-o, venerando-o e até mesmo o adorando. Onde vamos parar desse jeito?

Já há muito venho ouvindo o jargão (sim, já virou um jargão!): “Tudo isso já estava predito, está lá na Bíblia”. Sim, isso é fato mas e daí? Vamos cruzar os braços e ver o diabo levando cada vez mais vidas para o abismo eterno? Vamos ficar calados e deixar esses mercenários malditos enganar o povo e afastá-los cada vez mais de Deus? Vamos deixar a situação como está, só porque já estava predita? Se for assim vamos deixar também de trabalhar, de estudar, de cuidar de nossas famílias, de viver afinal Jesus vai voltar e nos levar para a Eternidade. Pra que se preocupar com as coisas deste mundo?

Quando comecei a escrever meus textos apologéticos há um bom tempo atrás – este blog é relativamente novo, venho escrevendo há mais de 3 anos, em diversos outros blogs – existia uma meia dúzia de blogs e sites que se prestavam a este ministério. Hoje é enorme o número de blogs que se dizem apologéticos, uns até começaram fazendo um trabalho sério, mas hoje não passam de vitrines de ideias infundadas, com mensagens sem profundidade alguma, apontando erros e mais erros dos outros mas se esquecendo de apontar o Alvo. Editores que foram tomados pelo “estrelismo” e assim deixaram de ter compromisso com a Verdade e escrevem para gerar tráfico, ter visitas, ficar famoso! Se até nesse meio a coisa tá assim, imagina por aí!!!

Não é difícil encontrar deturpações do Evangelho, ou melhor, não está fácil encontrar um lugar onde se prega O Evangelho. Neste mundão sem fronteira chamado internet mesmo a gente vê cada coisa de arrepiar. Isso provoca revolta, ira até, por causa do zelo que o Senhor tem colocado em meu coração para com Sua Obra. Sei que não sou um Lutero da vida, nunca almejei o ser, mas procuro, através de minhas letras, externar um pouco daquilo que sinto, daquilo que vejo e da dor que sinto ao ver a Obra caminhando por estas bandas. Estive um tempo sem postar aqui – quem me acompanha sabe os motivos – e neste pouco tempo algumas coisas mudaram. Como disse anteriormente, blogs que antes eram sérios, compromisssados, hoje não passam de um amontoado de palavras sem sentido, sem propósito, ou melhor, com o propósito de promover o editor (ou editores) e, até mesmo, com piadinhas infames. Perderam o foco!

A questão não é acusar, denunciar ou até mesmo debochar. O que está por trás de tudo o que temos visto e vivido vai além: trata-se da salvação eterna (ou morte eterna) de cada indivíduo, de cada alma pela qual o Senhor Jesus pagou tão alto preço. O mundo tem caminhado a passos largos para o inferno, e muitas vezes nos esquecemos disso. Muitas vezes o deboche toma o lugar da dor pelos perdidos. Satanás não tem perdido tempo, ao contrário, tem mais do que nunca investido todo seu poder, toda sua estrutura no intuito de afastar o homem de Deus. E tem conseguido! Sim, tem conseguido porque homens e mulheres que deveriam estar fazendo seu papel estão perdendo tempo com coisas que não deveriam. A igreja (note: igreja e não Igreja) tem sido mutilada como nunca. Os valores do mundo nunca estiveram tão presentes em nosso meio, o diado nunca usou tanto o púlpito (que deveria ser cristão) para pregar suas falácias, seus enganos. E nós, o que temos feito?

Não dá mais tempo para ficar brincando, de ficar competindo para saber quem escreve mais e melhor, quem tem mais visita, quem tem o blog/site mais bonito, quem prega melhor, quem é isso ou aquilo. E eu me refiro não só ao escopo do mundo virtual, mas em todos os âmbitos de nossa vida. Até quando vamos ficar perdendo tempo? Devemos sim, como atalaias de Cristo anunciar, ou melhor, denunciar os erros e enganos mas jamais devemos perder o foco, fugir à missão: pregar o Evangelho! Ter zelo pela Palavra de Deus não basta, Ela precisa ser pregada. Se há erros, devem ser denunciados. Mas se eles existem é porque falta instrução, porque o povo está sedento de algo que nós podemos oferecer, mas temos falhado nisso. E não adianta alguém querer ficar ofendido com o que escrevo, pois esta é a relidade dura e crua. Estamos falhando na missão que Jesus nos deixou. Enquanto isso os falsos profetas, que surgim aos tantos todos os dias, têm triunfado e conseguido êxito em suas empreitadas, tanto humana quanto espiriritual.

Mamon nunca foi tão cultuado como tem sido nestes últimos dias. Verdadeiros altares têm-se levantado para ele, templos suntuosos são construídos, a mídia tem estado ao seu lado e a igreja, claro, tem dado ao deus do dinheiro mais valor que ao Deus Eterno. Idolatria? Sim, evidente. Mas muito mais que isso, muito mais que arrancar dinheiro dos incautos, está a questão da salvação em Cristo. O sangue inocente derramado na cruz para remissão dos nossos pecados está sendo debochado, desmerecido, esquecido… Tudo o que o Senhor sofreu para nos garantir a salvação não é nada, não tem valor algum. Sua morte e ressureição servem somente para demonstrações teatrais para atrair mais e mais clientes – não fieis. O dízimo é o deus, as ofertas os atores principais. Sua alma? Essa que vá para o inferno!

Pode parecer um tanto exagerado de minha parte, mas quem pode dizer que estou errado? Não sou o dono da verdade, nem nunca serei mas tenho zelo pela Verdade e pelo Senhor. Não sou melhor que ninguém mas como costumo dizer: apenas um servo. Mas isso não me dá o direito (ou dever) de ficar calado, de braços cruzados, estático a tudo o que tem acontecido ao meu redor. Se estes pilantras malditos querem os prazeres deste mundo, que fiquem com ele. Se preferem a glória do diabo à Glória de Deus, que fiquem com ela. Mas que o façam sozinhos, não levando uma multidão sem-número de leigos e incautos com eles. Vamos cruzar os braços e continuar a entoar o mantra: “Isso tudo já estava previsto”? ou vamos arregaçar as mangas e batalhar pelo genuíno Evangelho de Jesus Cristo e a salvação das almas, pelas quais o Senhor deu a própria vida? Ou você é egoísta ao ponto de ter sua salvação garantida (será?) e não se preocupar com mais ninguém?

Voltemos ao Evangelho, voltemos para Deus. Vamos deixar os prazeres deste mundo para aqueles que, mesmo conhecendo as riquezas de Deus – e eu falo tem termos espirituais – preferem a dor das trevas. Focar novamente no Senhor e levar para Ele estes que hoje são enganados. Mas não devemos nunca esquecer que muito mais do que o que vemos e ouvimos, tem algo por trás. Sim, há um mundo espiritual que deve ser lembrado e combatido. Nunca com força humana ou conehcimentos deste mundo, mas sempre com oração, muita oração e renúncia. Mais do que fulano que prega isso ou ciclano que faz aquilo, devemos ter em mente que quem está por trás dele não é sua vontade ou o Senhor (ou Deus iria contra seus próprios princípios?), mas sim os poderes das trevas, o domínio de Satanás e seus demônios. Não adianta somente ficarmos combatendo as ações do mundo, afinal nossa luta não é contra a carne nem o sangue, sabemos disso. Ou pelo menos deveríamos saber.

Antes de escrever, de denúnciar ou até mesmo – e principalmente – evangelizar, temos que orar. Buscar ao Senhor, depender d’Ele, fazer Sua vontade, ouvir Sua voz. Não é misticísmo, não é conto de fadas, não é superstição. Se somos cristão e temos a Jesus como nosso Senhor e Salvador precisamos ter comunhão com Deus. Fora disso, tudo o que fazemos é em vão. Vamos parar de acariciar nossos egos e enfrentar a realidade. Coloque sua vida à disposição do Senhor e ame os perdidos, valorize aqueles por quem o Senhor deu sua vida. Voltemos ao Evangelho!

Com amor,

Danilo Miguel

25 setembro 2009

OMB: cobrem dos músicos evangélicos!



Quando escrevi o texto "Sou a favor da cobrança de taxas dos músicos evangélicos" pude acompanhar alguns comentários, não somente aqui, mas em outros lugares também, do tipo: "mas quem vai pagar a multa não são os músicos, são as igrejas" e alguns outros, todos sempre defendendo a igreja e ou o pastor desta. Bem, vejamos: músico nenhum sobre ao palco, ops, digo, púlpito sem que antes alguém o autorize, certo? Então, nada mais justo do que o líder, ou a igreja como um todo, sofrer as sanções por permitir que qualquer um louve a Deus (louve a Deus?) naquele lugar.

Eu fico triste por aqueles que são verdadeiros adoradores e que tem perdido espaço para os astros MPGB (Música Popular Gospel Brasileira). Se bem que, estes não estão preocupados em cantar para multidões. Querem adorar a Deus, em casa, no trabalho, na rua, na igreja. Seja onde for.

Deus salve Seu povo!

P.s.: a foto do Paul David Hewson na topo é para ilustrar a posição que muitos músicos na igreja querem chegar.
P.s.2: Se você não sabe, Paul David Hewson é ninguém mais que Bono Vox
P.s.3: Se você não sabe, não existe "Ps1", "Ps2", "Ps3", etc... Só no video game.

22 setembro 2009

O último apóstolo



ATENÇÃO: o texto a seguir é um conto fantasioso. Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência. Ou não!

Joãozinho (mas poderia ser Marquinho, Silazinho, Fernandinho, Estevãozinho, Macedinho, Caiozinho ou qualquer outro) nasceu numa família humilde, lá no interior daquele Estado. Criado debaixo de grande rigidez por parte de seus pais, que quase nunca demonstravam qualquer tipo de afeto, carinho ou atenção. Também pudera, vida difícil, trabalho árduo no sol nosso de cada dia, para defender o pão, que não era de cada dia. Passou fome e necessidades gerais. Vestia-se mal, quando vestia alguma coisa. Dentre seus outros 18 irmãos, os mais velhos já tinham ido para a cidade grande, tentar novas oportunidades. Há anos não se tinha notícias deles. Mas Joãozinho, o derradeiro deles, estava lá, firme junto dos pais. Também puderá, novo como era não tinha escolha.

Joãozinho trabalhava com o pai na roça, desde muito cedo. Quando começou a dar os primeiros passos, já o incumbiam de pequenas tarefas. O menino cresceu. Certo dia, durante a lida, sol a pique, aparecem dois homens, bem vestidos, com um livro preto debaixo do braço. Meia hora de conversa com seu pai e Joãozinho vê uma cena nunca antes imaginada: seu pai de joelhos, chorando! Não sabia ele, mas naquele momento seu pai estava tomando a melhor escolha de sua vida: aceitando a Cristo como seu Senhor e Salvador, ali mesmo no meio do mato. Com medo de ser repreendido o menino não tomou muito tempo olhando aquilo, até porque tinha medo de que aqueles homens estranhos faziam com seu pai.

Findo o dia, voltam os dois para o humilde barraco onde viviam. Nenhuma palavra, nenhum comentário. Somente se notava uma diferença naquele homem. Ao chegarem, a ordem: "todos de banho tomado, temos um compromisso!". Compromisso? Isso é coisa de rico, da cidade grande. Mas lá foram eles, um a um, dos que ainda moravam ali. Pouco tempo depois estavam todos em cima da pequena carroça, rumo ao desconhecido.

Lá estava uma tenda, toda iluminada (coisa rara naquele lugar). Gente chegando aos montes, de todos os cantos. Joãozinho, bem como seus irmãos e seus pais, com a melhor roupa que tinham. Não sabiam, mas estavam numa igreja. Com o passar do tempo, algumas músicas entoadas, muita gente chorando, alguns orando em voz alta, outros falando umas coisas esquisitas que ninguém entendia, sobe ao palco um daqueles homens que tinha visitado seu pai, lá na roça. Apesar da pouca idade, por volta dos 8, 9 anos, Joãozinho já entendia bem das coisas afinal responsabilidade ele já tinha desde bem cedo.

O homem abre o livro da capa preta e começa a dizer acerca de um Homem, que sem dever nada, pagou o mais alto preço jamais imaginado. Foi humilhado, padeceu como nenhum outro e tudo sem culpa. Aquilo foi tomando Joãozinho de um sentimento nunca antes sentido e, quando menos esperava, já estava igual ao pai no trabalho e outros tantos naquele mesmo lugar: chorando. No final da mensagem aquele homem solicitou àqueles que tinham entendido a mensagem e que gostariam de se entregar para Jesus, que fossem à frente. Joãozinho estava lá, de joelhos, aos prantos. Não era emoção, não era sensacionalismo, mas arrependimento dos (poucos) pecados já cometidos. Queria conhecer mais Aquele de quem ouvira falar.

Com muito sacrifício a família resolveu comprar um daqueles livros de capa preta, a Bíblia Sagrada. Tornou-se leitura obrigatória naquela casa, todos os dias. Mas Joãozinho queria mais. Era o primeiro a acordar e o último a dormir e sempre estava fazendo leitura da mesma, ainda que com dificuldade pois pouco sabia ler. Orava continuamente e sentia a presença de Deus. O anos foram passando, Joãozinho já moço, começou a pregar aquela Mensagem que tanto falou em seu coração. Compromissado com Deus e com a Verdade, onde pregava o povo sentia a presença de Deus, se arrependia e mudava de vida. Um certo dia recebe um convite para pregar numa grande cidade. Sua vida nunca mais seria a mesma, a partir daquele dia.

Grande multidão lota um templo lindo, com som da melhor qualidade, recursos de iluminação que ele nem sequer imaginava que existisse, cadeiras confortáveis e tudo mais que se tinha direito. Foi recebido com muita festa, muita comemoração. Se sentiu importante. Quando o levaram para um estúdio para falar através de uma rádio então, ele ficou chocado. Começou a imaginar como aquele instrumento poderia ser útil para a propagação do Evangelho. Ficou mais maravilhado ainda quando o colocaram frente a uma televisão. Pensou consigo mesmo: um dia ainda terei um programa no rádio e na televisão para assim alcançar milhares, milhões de almas perdidas. Passado os dias na cidade grande, voltou para casa, mas não era o mesmo. Os dias se passavam e seu tempo era dividido entre a meditação na Palavra de Deus e uma forma de voltar à cidade grande e ter seu programa de rádio e na televisão afinal, assim alcançaria muito mais gente.

Devido às circunstâncias da vida, mais tarde acabou tendo que deixar o interior e ir para a capital afinal os tempos estavam difíceis e como homem formado, já poderia deixar a casa dos pais. Se estabeleceu numa grande capital, onde o rádio já não era tão utilizado quando a TV, mas ainda permanecia firme, como meio de comunicação. Logo tratou de juntar algum dinheiro e comprar seu primeiro horário. Não passava de dez minutos, quase na madrugada, mas lá estava ele pregando a mensagem da Cruz. O retorno foi bom, muita gente ligava na rádio e mandavam cartaz testemunhando sua conversão. Isso lhe enchia o coração de alegria. Até que um dia, pregando numa dessa grandes igrejas, notou que o povo não dava tanta importância para o que falava. Começou a ficar preocupado e imaginar o que acontecia. Conversa com um, discute com outro, analisa daqui, estuda dali, chegou a conclusão de que sua mensagem já não agradava tanto quanto antes. Para continuar o programa no rádio, precisou de buscar ajuda com amigos até que um dia um deles lhe disse: "Eu ajudo, mas você precisa parar de acusar o pecado. Isso assusta as pessoas". Como precisava do dinheiro afinal já não tinha mais dez minutos, agora já era uma hora de programa, topou o "conselho".

Concluiu seus estudos, fez até alguns doutorados em divindade, angelologia e outros. Era bem fácil, pois bastava enviar uma carta com um cheque no valor e em poucos dias recebia seu diploma. Ficou famoso, rodou o mundo. O tempo no rádio já não era suficiente, não "alcançava" tantas pessoas mais, resolveu partir para a TV. Foi aí que notou que, além do "retorno" em almas, tinha um bom retorno financeiro porque muitas eram as empresas que queriam anunciar. Se sentia importante, tinha muitos seguidores. Resolveu abandonar sua igreja, que tanto tempo o ajudou e abriu um ministério próprio, independente. Criou suas regras, suas "leis". Muita gente nos cultos, muito dinheiro na TV, venda de discos, CD's, fitas, livros e outras coisas; subiu ao coração. Tornou-se ambicioso, não queria mais um programa, queria um canal só pra ele. Já tinha uma (várias) igrejas, um canal de rádio, um caminhão para "evangelismo", faltava agora um canal de TV. E conseguiu!

Dizia ele que Deus tinha lhe "depositado" uma grande quantia em dinheiro na sua conta e, juntando com outrs fundos, conseguiu comprar uma pequena rede de televisão, quase falindo. O povo vibrava, achava aquilo maravilhoso, Deus estava naquela igreja, mais que nas outras. Tudo era diferente: Joãozinho agora, ao invez de ralar no trabalho, como fez boa parte da vida, malhava na academia particular que tinha em casa (e que casa!), não mais andava de carroça, só viaja de jatinho particular. Carro tem aos montes e algumas casas, inclusive, fora do Brasil. Vida boa, fortuna, fama, tudo o que se tem direito. Sua mensagem agora já não era mais de salvação da alma, mas sim da salvação das riquezas, que crente que é pobre esta debaixo de maldição. Só prega em lugar grande, com muita gente. Se alguém o convida para pregar, um dos seus 20 secretários e porta-voz apresentam o "orçamento": além do cachê, hotel 5 estrelas, camarim exclusivo com 20 quilos de salmão, 87 tolhas brancas dinamarquesas, 3,5 litros de perfume italiano dentre outros.

E Joãozinho, aquele lá da roça, que chorava aos pés de Jesus dia e noite, buscando salvação da sua alma? Morrera, a muito tempo. Mas, pobre Joãozinho, não sabe (ou melhor, sabe mas finge não saber) que um dia aquele mesmo Jesus que tanto o consolou nas madrugadas geladas, no meio da pobreza, da humildade, Ele mesmo se encarregará de lhe dizer: "Saia de perto de mim, você que pratica a iniquidade. Eu nunca te conheci". Acorda, Joãozinho, acorda enquanto ainda é tempo!

"Buscai ao SENHOR enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto." Isaías 55:6

Quem lê, entenda.



"Ninguém de modo algum vos engane. Porque isso não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e seja revelado o homem da iniquidade, o filho da perdição..." (II Te 2.3)

"Sabe, porém, isto: nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis, pois os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, irreverentes, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem, traidores, atrevidos, enfatuados, mais amigos dos prazeres que amigos de Deus, tendo forma de piedade, negando-lhe, entretanto, o poder. Foge também destes." (II Tm 3.1-5)

“Lembra-te, pois, do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te. Porquanto, se não vigiares, virei como ladrão, e não conhecerás de modo algum em que hora virei contra ti.” (Ap 3.3)

“Sereis odiados de todos por causa do Meu nome; aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mc 13.13)

21 setembro 2009

A igreja precisa ser evangelizada!



Por Danilo Miguel

Por favor, PAREM TUDO! Pare, não estamos em momento de avançar, ao contrário, precisamos recuar. Parem de evangelizar, parem de cantar. Acabem com as festas. Pare! Acabem-se os programas de TV, abandonem os CD's, DVD's, congressos, missões, shows, marchas, conferências, tudo. Pare!

Não dá mais para continuar da forma como estamos. A igreja está em ruinas; não tragam gente nova. Vamos consertar o que temos, vamos retornar ao início, rever os conceitos e valores. Precisamos EVANGELIZAR A IGREJA! Como podemos salvar alguém se nós mesmos estamos perdidos? Perdidos em nossa ganância, em nossos desejos, em nossas mentiras e enganos, perdidos em nosso orgulho.  

Parem, por favor, parem tudo! PAREM TUDO! POR FAVOR! PAREM!


A igreja está, literalmente, colocando vinho novo em odres velhos. Os perdidos, que se ajuntam à Igreja, são o vinho; nós, os odres apodrecidos. Diferente do que ouvimos por aí, não estamos em tempo de festa: é tempo de choro, de humilhação, de arrependimento, de mudança de vida. Tempo de voltar atrás...

Primeiro devemos evangelizar a igreja. Devemos nos salvar, refazer nossas bases, arrumar a casa e, depois, somente depois de finalmente haver um conserto, aí sim poderemos voltar a pensar em evangelizar os de fora. Da forma como estamos hoje, temos feito nada além de prejudicar ainda mais a vida dos ímpios. Não os estamos conduzindo para a salvação em Cristo antes, nós mesmos, estamos afastando cada vez mais de Deus.

Pare! Reflita! Analise! Lamente! Pranteie! Se humilhe! Mude de vida! Precisamos evangelizar a igreja, enquanto é tempo!

A Noiva está ferida!



“Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar e orar, buscar a minha face e se afastar dos seus maus caminhos, dos céus o ouvirei, perdoarei o seu pecado e sararei a sua terra” (II Crônicas 7.14).

Somos o povo de Deus, que é chamado pelo Seu Nome, uma geração eleita para anunciar as suas boas novas (I Pe 2.9), a Noivca do Cordeiro. Mas temos vivido dias terríveis, onde temos dado mais valor aquilo que é corruptível do que aquilo que o Senhor nos tem reservado.

O papel da igreja tem-se invertido. Ela, hoje, é vista mais como um centro social, de encontros, conversas e debates, e não mais como um lugar de adoração, onde esse mesmo povo, chamado pelo nome do Senhor, deveria se reunir para adorá-Lo , servi-Lo e buscá-Lo. Está na moda ser “crente” (ou evangélico, caso você prefira). Mas é isso que o Senhor deseja?

Certa feita Jesus disse que Deus busca “… adoradores que O adorem em espírito e em verdade” (Jo 4.23). Ou seja, Deus não está buscando alguém que esteja na moda, ou fora dela, o Senhor não quer igrejas lotadas, templos suntuosos, números e mais números. Deus está buscando adoradores.

Deus não está buscando o melhor louvor, a melhor equipe de música, os melhores instrumentos. O Pai quer adoradores que O adorem em espírito e em verdade!

A mensagem do Senhor ao meu coração nesses dias tem sido: “Minha Igreja está manchada, a Noiva está ferida”. Ah! Meus queridos, como isso arde em meu peito!

Nossa situação, como Igreja do Senhor, não é a que Ele deseja. Vivemos dias de frieza, de distância de Deus, de falta de compromisso. O pecado tem assolado nossos jovens, o desânimo tem abatido nossos anciões, a mornidão tem sido uma realidade em nosso meio (Ap 3.16). Deus não se tem contentado com essa situação, Ele mesmo tem-se encarregado de, através de Seu Santo Espírito, levantar uma geração de verdadeiros adoradores, um “povo no meio do Seu povo” que - através da entrega, da renúncia, da santidade e oração - estará movendo montanhas, derrubando gigantes, enfrentado o valente, lutando contra o inimigo.

Em nossos dias as montanhas não são físicas, as que nos cercam são da incredulidade, mesmo no meio do povo de Deus. A religiosidade tem afastado milhares de vidas do seu Senhor; os gigantes não são homens de grande estatura, mas sim o pecado que tem assolado o povo de Deus, a falta de compromisso e de santidade. O valente não é alguém do lado de fora fazendo de tudo para ver nossa ruína, mas sim a igreja que se levanta contra a própria igreja com intrigas, boatos, discussões tolas, contendas, etc.

O inimigo? Bom, esse você já conhece. O diabo, desde o principio dos tempos, tem feito de tudo para afastar o homem de Deus e agora, mais que nunca, tem tido muito sucesso, infelizmente. Mas os culpados somos nós mesmos, que temos entregado a ele tudo aquilo o que nos pertence. Temos lhe dado legalidade para agir em nossa vida, família, cidades e igrejas.

Cabe a nós, como povo de Deus, ouvir a Sua voz, nos arrepender dos maus caminhos que temos percorrido, orar e buscar Sua face. Somente assim Ele nos ouvirá e nos abençoará. Somente assim levantará em nosso meio servos comprometidos com Ele, que, em santidade, proclamem Sua palavra, e profetas honrados que serão Sua boca em nossos dias.

Adore ao Senhor, em espírito e em verdade, não somente com palavras, mas em santidade, em comunhão, com compromisso. Deus quer restaurar sua Igreja, o Senhor Jesus deseja curar Sua Noiva e prepará-la para o Grande Encontro. E você é responsável por isso!

Coloque sua vida em Deus e Ele o abençoará. Minha oração é de que a comunhão de Deus com Seu povo seja restaurada, que a santidade e o compromisso sejam realidades em nossos dias e que esta geração seja marcada pelo Senhor como uma geração de adoradores. Somente assim estaremos realizando a vontade do Pai e alcançando aqueles que ainda não O conhecem.

16 setembro 2009

Sou a favor da cobrança de taxas dos músicos evangélicos

Dias desses vi no site do Teophilo um texto falando sobre a possibilidade da OMB (Ordem dos Músicos do Brasil) multar os músicos evangélicos que não forem filiados à autarquia. Na realidade quem pagará a multa não são os músicos, mas as igrejas que permitem que tais digamos, profissionais, toquem em seus shows, cultos, reuniões ou seja lá o que for. A Ordem se baseia na Lei 3.857 de 22 de dezembro de 1960(!) e que regula a atividade de músico.

Pois bem, como a música na igreja deixou de ser uma forma de expressão de louvor e adoração à Deus e tornou-se apenas mais um objeto de comércio, uma forma de exaltação e rivalidade do homem ("eu canto melhor que você", ou "minha igreja tem uma banda melhor que a sua" ou também "nosso grupo participou do evento X") e os músicos, antes adoradores, hoje são meros profissionais, nada melhor que cobrar sim e exigir a devida filiação à Ordem. Por que o cara que ganha a vida ralando nas noites, tocando em barzinhos, aguentando fumaça de cigarro, bêbados e coisas piores tem que ser filiado (e pagar as taxas devidas) e aquele que canta (profissionalmente) na igreja não? É este melhor que aquele?

É evidente que nem tudo está perdido! GRAÇAS a Deus que ainda existam pessoas interessadas em prestar um verdadeiro culto à Ele e O adoram em espírito e em verdade seja onde for, com ou sem plateia, com equipamentos caros ou só no "gogó". À estes seria uma verdadeira injustiça falar em taxá-los, em filiação ou qualquer coisa parecida pois em muitos casos eles nunca tiveram a oportunidade de profissionalização sendo que em muitos casos (se não todos) o que sabem é por puro dom. Mas, como separar o joio do trigo?

A propósito, existe alguma OPB (Ordem dos Pregadores do Brasil)? ...

*P.s.: O "evangélicos" no título não foi intencional. Era pra ser "gospel", mas não achei o plural correto.

09 setembro 2009

Os enganos da teologia da prosperidade

Vamos deixar uma coisa bem claro: NÃO gosto do Caio Fábio e NÃO concordo com quase tudo que ele faz ou fala. Mas ele num raro momento de lucidez resolveu botar a boca no trombone e denunciar abertamente, dando nomes aos bois, a teologia da prosperidade. São 3 vídeos (abaixo, vale a pena assitir todos eles) em que ele apresenta algumas verdades quanto a essa maldição que invadiu a igreja brasileira. Para alguns, nada de novo, mas para outros, menos informados, vale o conhecimento.

Só para constar: não são esses vídeos que farão de mim um fã de Caio Fábio!







Eu ví aqui: Caminhando na Graça

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